(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Protestos deixaram o governo perplexo, admite Carvalho

As avalia��es foram apresentadas � plateia de uma das atividades do F�rum Social Tem�tico Crise Capitalista, Democracia, Justi�a Social e Ambiental


postado em 24/01/2014 18:07 / atualizado em 24/01/2014 18:48

Gilberto Carvalho chegou a reconhecer que houve uma certa dor e incompreensão em algumas esferas do governo(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
Gilberto Carvalho chegou a reconhecer que houve uma certa dor e incompreens�o em algumas esferas do governo (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )

O secret�rio geral da presid�ncia da Rep�blica, ministro Gilberto Carvalho, admitiu que governo e movimentos sociais aliados ficaram "perplexos" com os protestos de junho do ano passado, quando milhares de pessoas foram �s ruas pedir qualidade no servi�o p�blico e expressar contrariedade com a Copa do Mundo no Brasil. Ao mesmo tempo afirmou que a direita "inicialmente fez festa" por entender que as manifesta��es se configuravam como contr�rias � administra��o federal.

As avalia��es foram apresentadas � plateia de uma das atividades do F�rum Social Tem�tico Crise Capitalista, Democracia, Justi�a Social e Ambiental nesta sexta-feira, em Porto Alegre, a confer�ncia "Contra o Capital, Democracia Real", da qual tamb�m participaram, como palestrantes, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) e representantes de organiza��es n�o governamentais do Brasil, Fran�a, Marrocos e �frica do Sul.

Para Carvalho, as pol�ticas de distribui��o de renda e est�mulo ao consumo do governo federal n�o foram acompanhadas na mesma velocidade por um debate sobre um modelo de desenvolvimento diferenciado. Mas eram necess�rias porque a popula��o padecia sem acesso a produtos b�sicos, como geladeiras e equipamentos dom�sticos. "� evidente que, junto com melhor emprego e melhores sal�rios vem a consci�ncia de novos direitos", observou, para avaliar que, depois dessas conquistas, muitos brasileiros perceberam que t�m direitos e passaram a reivindic�-los.

Na perplexidade, Carvalho chegou a reconhecer que houve uma certa dor e incompreens�o em algumas esferas do governo. "Houve quase que um sentimento de ingratid�o, de dizer 'fizemos tanto por essa gente e agora eles se levantam contra n�s'", recordou. O ministro destacou, no entanto, que o governo fez o esfor�o de compreender a realidade, de dialogar com a nova cultura que surgia, e respondeu com programas de melhorias da mobilidade urbana.

"N�o podemos ter medo, temos de romper barreiras, nos aproximar e conversar", afirmou, dando uma estocada em quem acredita ter feito festa � �poca. "O problema, para infelicidade da direita, � que esse gosto do mais e do mais n�o cabe na cartilha do sistema; a explos�o dessa demanda de direitos n�o cabe no sistema capitalista e nos marcos daquilo que � hoje o mundo globalizado em seus sistemas de produ��o, distribui��o e consumo", comentou.

'Rolezinhos'

Gilberto Carvalho tamb�m confirmou que na reuni�o que ter� com administradores de shopping centers na semana que vem pedir� compreens�o com os jovens que participam dos "rolezinhos", encontros de grandes grupos dentro dos estabelecimentos comerciais. "Se abrirmos as portas para o di�logo n�o vai haver tanta tens�o e tamb�m ser� poss�vel transformar essas ocupa��es que j� faziam rotineiramente em uma quest�o natural", previu.

Carvalho lembrou que o jovem da periferia � um novo consumidor, tanto que shopping centers se instalaram em bairros com a pretens�o de conquist�-los, e que faz do encontro no centro comercial o mesmo que gera��es passadas faziam nas pra�as das cidades. "Estamos caminhando para a naturaliza��o desse processo", repetiu. "O pior caminho seria o da repress�o, da discrimina��o, de separar �reas em que as pessoas podem e n�o podem transitar", comentou. "Isso acabou no Brasil, definitivamente acabou".

Mensal�o

O secret�rio geral do governo Dilma tamb�m reclamou da imprensa e advers�rios pol�ticos, que teriam "criminalizado" o PT na quest�o do mensal�o e voltou a defender o financiamento p�blico de campanhas eleitorais para acabar com a pr�tica do caixa paralelo, que n�o citou. "Trataram de criminalizar toda a nossa conduta, nos transformando quase em inventores da corrup��o, enquanto n�s sabemos que o problema nosso foi reeditar, infelizmente, em parte aquilo que eram os usos e costumes da pol�tica. Falo sobretudo do financiamento privado das campanhas eleitorais", comentou em um trecho do discurso.

Copa

Carvalho sustentou ainda que, ao contr�rio do que previu o jogador Rivaldo, a Copa do Mundo deste ano ser� um sucesso. "O saldo ser� extremamente positivo, vamos ganhar muitos empregos, mobilidade urbana, cultura", acredita o ministro. "Sou f� do Rivaldo, s� que o pessimismo que ele manifestou n�o corresponde � realidade", comparou. Carvalho destacou que os est�dios est�o quase prontos e que a Jornada Mundial da Juventude, tamb�m questionada, foi "uma maravilha".

Com Ag�ncia Estado


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)