Ap�s ter seu pedido para ter um segundo emprego negado pela Justi�a, o ex-deputado Pedro Henry (PP-MT) foi intimado a explicar as den�ncias de que estaria exercendo uma segunda profiss�o enquanto cumpre sua pena no regime semiaberto em Cuiab� (MT).
"O penitente n�o � senhor de seu tempo, pois deve informar onde ser� encontrado e os respectivos hor�rios ao Ju�zo da Execu��o Penal", destaca o magistrado na decis�o. O magistrado tamb�m determinou prazo de 10 dias, a partir do recebimento da intima��o, para que o condenado pague a multa de R$ 1,3 milh�o.
Segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica do Mato Grosso (Seds), desde o come�o da semana Pedro Henry voltou a atuar como m�dico legista do Instituto M�dico Legal (IML) de Cuiab�. Ele � funcion�rio concursado do Estado desde 1987 e atuava como legista antes de se eleger deputado, em 1996.
A Secretaria n�o soube informar o valor do sal�rio de Henry, pois seu pagamento ainda est� sendo atualizado pelo �rg�o, j� que ele ficou muito tempo afastado. Atualmente, o sal�rio inicial de um m�dico legista no IML do Estado � de cerca de R$ 7 mil para uma carga hor�ria de 40 horas semanais.
Em janeiro, ap�s come�ar a trabalhar como coordenador administrativo do hospital particular Santa Rosa, a defesa do ex-parlamentar entrou com outro pedido de trabalho. Dessa vez, Henry pedia para trabalhar aos finais de semana no IML, cursar faculdade de fisioterapia e concluir sua p�s-gradua��o em medicina hiperb�rica. O pedido foi negado pela Justi�a.
Cargo p�blico
Mesmo com a condena��o no mensal�o, o ex-deputado n�o perdeu o cargo p�blico e, segundo a Secretaria, por isso ele p�de retomar o emprego no IML. Cabe somente � Procuradoria-Geral da Rep�blica solicitar a perda do cargo de Henry, o que n�o foi feito durante o julgamento do mensal�o.
Dessa forma, al�m do cargo de coordenador administrativo do hospital particular Santa Rosa, ele estaria saindo � tarde para atuar como m�dico legista, das 13h �s 19h.
Na autoriza��o que obteve para trabalhar, a Justi�a determinou que ele trabalharia das 7h �s 17h no hospital Santa Rosa e deveria se reapresentar �s 19h.
A defesa de Henry n�o foi encontrada pela reportagem para se manifestar sobre a decis�o do magistrado.