
A posi��o do PSB no xadrez eleitoral em Minas Gerais estar� na pauta do pr�-candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) e de sua prov�vel vice na chapa, a ex-senadora Marina Silva, hoje, quando os dois lan�am em Bras�lia as diretrizes de um programa do governo comum PSB/Rede. Aproveitando o espa�o, a comitiva de socialistas mineiros pretende discutir com os principais interessados qual ser� a melhor op��o no estado que sirva a um acordo nacional de n�o agress�o firmado entre Campos e o pr�-candidato do PSDB ao Pal�cio do Planalto, senador A�cio Neves. Ser� o primeiro encontro depois da indisposi��o criada com uma nota emitida por parte da Rede em Minas, em defesa do rompimento com os tucanos.
O PSB mineiro oferece ao partido nacionalmente duas op��es. Candidatura pr�pria, desde que sirva aos interesses do partido e n�o fira o acordo de uni�o entre A�cio e Eduardo Campos em um eventual segundo turno, ou a participa��o do partido em uma coliga��o de legendas aliadas ao governador Antonio Anastasia (PSDB) para ampliar a bancada socialista na Assembleia e na C�mara dos Deputados. Neste segundo caso, caberia aos parlamentares darem palanque �s visitas de Eduardo Campos ao segundo maior col�gio eleitoral do pa�s.
Para o presidente do PSB mineiro, deputado federal J�lio Delgado, certa � apenas uma premissa, a de que o partido n�o pode errar na t�tica em Minas. “J� estive com Eduardo semana passada, antes do nascimento do filho dele, e nossa an�lise � de que temos de ter uma tratativa diferenciada em Minas, contanto que � o estado do senador A�cio. Precisamos avaliar como ser� a reciprocidade da alian�a fechada em Pernambuco (onde o PSDB decidiu apoiar o nome indicado por Campos)”, afirmou.
Delgado levou a Campos um novo cen�rio, no qual o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, praticamente se retira das op��es para concorrer ao governo em Minas. Com isso, s�o avaliados quatro nomes: o pr�prio Delgado, a secret�ria de Educa��o, Ana L�cia Gazzola, o presidente do Atl�tico, Alexandre Kalil, e agora o ex-embaixador do Brasil em Cuba Tilden Santiago. “Temos que avaliar se seria importante ter uma outra candidatura dentro do nosso campo at� para for�ar um segundo turno. Neste caso, seriam nomes n�o t�o agressivos, para manter essa tr�gua de responsabilidade nos estados que t�m os candidatos a presidente (Pernambuco e Minas)”, avalia Delgado.
Todos os quatro nomes colocados se encaixam no perfil. Kalil j� demonstrou ter proximidade com A�cio, assim como Ana L�cia, que chegou a ser cotada como candidata � prefeitura com o apoio do PSDB em 2008, quando chegou-se ao nome de Lacerda. Delgado tamb�m � aliado de primeira hora dos tucanos mineiros, assim como Tilden, que depois de militar por 28 anos no PT, migrou para o PSB e ganhou a vaga de segundo suplente de A�cio no Senado.
No cen�rio de candidatura pr�pria, o PSB conta com a possibilidade de se tornar um plano B de A�cio no estado. Com um advers�rio ao campo considerado forte, o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel (PT), h� ainda algum temor interno de que a candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga, afastado 20 anos da pol�tica no estado, n�o emplaque ou n�o seja suficiente para derrotar o PT.
CHAPINHA Sem espa�o para pleitear cargos na chapa majorit�ria do PSDB, que j� est� com os nomes principais definidos, o PSB trabalha agora com a hip�tese de agregar votos na disputa por vagas no Legislativo. A chapa do PSDB tem Pimenta da Veiga como candidato ao governo, o presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro (PP), como vice, e o governador Anastasia para o Senado.
O PSB chegou a pleitear uma indica��o para o Senado mas, internamente, os tucanos entendem ser importante a presen�a de Anastasia na chapa j� que A�cio estar� mais dedicado ao projeto de elei��o nacional. “Tem que ver se sobra para n�s uma boa coliga��o proporcional a ponto de garantir um palanque para o Eduardo. Podemos formar uma chapinha com partidos que tamb�m est�o no projeto do Eduardo e do A�cio, levando nomes do PPS, PDT e PTB, por exemplo, que teriam subst�ncia para isso”, afirmou J�lio Delgado.