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Estado de Minas

Partidos disputam lugar no primeiro escal�o do governo Dilma

Com a posse dos ministros do PT nessa segunda-feira, presidente tem pela fernte a miss�o de encontrar espa�o para as legendas aliadas


postado em 04/02/2014 06:00 / atualizado em 04/02/2014 07:30

Mercadante, Paim, Chioro e Traumann: novos ministros afinados com a luta do PT pela reeleição(foto: Wilson Dias/ABR)
Mercadante, Paim, Chioro e Traumann: novos ministros afinados com a luta do PT pela reelei��o (foto: Wilson Dias/ABR)

Bras�lia
– Resolvida a quest�o de parte do PT, com a posse dessa segunda-feira dos novos ministros da Sa�de, Arthur Chioro; da Educa��o, Jos� Henrique Paim; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; e da Comunica��o Social, Thomas Traumann – todos afinados com a estrat�gia do PT para manter-se mais quatro anos no poder –, a presidente Dilma Rousseff aproveitou o dia para negociar espa�os para o PMDB na reforma ministerial e evitar, assim, problemas com o maior aliado em sua campanha pela reelei��o. Dilma iniciou o dia na posse e terminou com uma reuni�o com o vice-presidente, Michel Temer; o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); e o l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (AM).

Os sinais trocados impacientavam os aliados. “Era para a presidente ter resolvido isso antes do Congresso voltar aos trabalhos. Demorou e, agora, ficamos aqui, esperando, para ver o que ela quer”, reclamou um integrante do PMDB da C�mara. Na noite de domingo, a c�pula do partido reuniu-se em um convescote no Pal�cio do Jaburu, resid�ncia oficial da Vice-Presid�ncia. Se queixaram da op��o da presidente de priorizar a reforma de acordo com os interesses petistas e deixar a base aliada em segundo plano.

Mas, ao longo do dia, surgiu uma luz para os insatisfeitos. O senador Vital do R�go (PMDB-PB), que “comprou terno novo e cortou cabelo, mas n�o virou ministro”, nas palavras ir�nicas de um companheiro de Senado, foi informado por Temer que seria indicado para ser ministro dos Portos. Assim, a bancada do PMDB ficaria contemplada com mais uma pasta. Mas a equa��o segue aberta.

O PTB, por sua vez, foi informado por Mercadante de que seria chamado para uma conversa, ainda na noite de ontem, com ele e a presidente. Os petebistas n�o escondem que gostariam de assumir o Minist�rio do Turismo, hoje na cota do PMDB da C�mara. “Se n�s perdermos o Turismo, entregamos a Agricultura. � melhor ficar sem nada”, rebateu em tom de pirra�a o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ). O presidente em exerc�cio do PTB, Benito Gama (BA) deve ser o indicado do partido caso a legenda assuma uma pasta na reforma ministerial.

 O PTB pode entrar no governo, mas n�o, necessariamente, na pasta que deseja. Dilma tem de resolver o problema do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio (Mdic), cujo ministro, Fernando Pimentel, deixa a pasta no fim do m�s para ser candidato do PT ao governo de Minas Gerais. A presidente queria repetir no Mdic a mesma f�rmula adotada por Luiz In�cio Lula da Silva em 2003, quando nomeou um empres�rio conhecido – Luiz Fernando Furlan – para o cargo.

 Dilma convidou Josu� Gomes, filho do ex-vice-presidente Jos� Alencar, mas ele recusou o convite. Ela ainda pretende convidar o ex-presidente do Grupo P�o de A��car Ab�lio Diniz, na tentativa de ter um nome de peso do setor privado para passar uma imagem de confian�a aos mercados. Se n�o der certo, Dilma poder� deslocar o atual ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), para o Mdic. Se isso acontecer, poder� abrigar o PTB na pasta hoje ocupada por Afif e reacomodar o PMDB sem mudar o equil�brio de for�as na Esplanada.

Na solenidade de posse dos ministros, Dilma deu o recado do que espera deles: “Trabalhar, trabalhar muito, trabalhar pelo Brasil e pelos brasileiros”.

FRAUDE No mesmo dia em que foi nomeado ministro, Arhur Chioro tornou-se alvo da Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica. O colegiado tem a fun��o de assessorar a presidente, Dilma Rousseff, a fiscalizar o trabalho de seus ministros. Ontem, o l�der do PPS na C�mara, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou uma representa��o contra Chioro “por pr�tica de fraude para garantir sua nomea��o na pasta”.

O rec�m-empossado ministro da Sa�de � dono de uma empresa de consultoria em sa�de – Consa�de – que est� sob investiga��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo. Depois de o caso ter sido revelado, o ent�o secret�rio de Sa�de de S�o Bernardo do Campo passou a empresa para o nome da mulher dele, Roseli Regis dos Reis. Em nota, o Minist�rio da Sa�de informou que Chioro ainda n�o havia tido acesso � representa��o e ressaltou que a consultoria “entrou em inatividade”. (Colaborou Julia Chaib)

A parte que lhes cabe


O que cada partido tem e o que deseja na reforma ministerial

» PMDB
Turismo: Bancada da
C�mara quer indicar sucessor de Gast�o Vieira, que deixar� o cargo
Agricultura: Bancada da C�mara quer indicar sucessor de Ant�nio Andrade, que deixar� o cargo
Portos: Quer emplacar Vital do R�go
Minas e Energia: Edison Lob�o
Previd�ncia: Garibaldi Alves
Secretaria de Avia��o Civil (SAC): Moreira Franco

» PTB
Quer Turismo, mas pode herdar Micro e Pequena Empresa

» PP
Quer manter Cidades

» PSD
Quer manter Micro e Pequena Empresa, mas pode trocar a pasta pelo Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio (MDIC). Tamb�m sonha com Ci�ncia e Tecnologia.

» Pros
Quer Integra��o Nacional


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