
"A grande discuss�o vai ser a forma criminosa com que o governo tratou o contrato com Cuba", criticou Caiado. "A participa��o do Brasil num contrato que caracteriza a utiliza��o da m�o de obra for�ada e o n�o ressarcimento dos m�dicos cubanos com os valores que o programa se prop�e a pagar vai colocar o governo muito mal diante da popula��o brasileira", acrescentou.
De acordo com deputados do DEM, ela j� n�o permanecer� nesta noite no Legislativo. Um dirigente de uma entidade m�dica p�s uma casa � disposi��o de Ramona, em Bras�lia. As organiza��es tamb�m ofereceram, segundo os deputados, oportunidades de trabalho e de atualiza��o dos estudos � m�dica cubana.
No documento entregue ao presidente do Conare, Paulo Abr�o, Ramona alega que exerceu a medicina em Pacaj� (PA) em situa��es "humanamente desiguais" se comparadas com os m�dicos de outras nacionalidades que participam do programa. O pedido de ref�gio tamb�m argumenta que a m�dica recebia sal�rio substancialmente inferior ao dos demais profissionais, mesmo realizando "as mesm�ssimas atribui��es". O fato de os m�dicos de outros pa�ses ganharem R$ 10 mil de sal�rio, enquanto os cubanos, pelo contrato, recebem o equivalente a US$ 400 no Brasil, foi o que motivou a sa�da de Ramona de Pacaj�.
A cubana tamb�m diz no pedido que tinha a liberdade de ir e vir "restringida" por ter de informar os deslocamentos a um supervisor cubano do Mais M�dicos. Como justificativa para o requerimento de ref�gio, ela diz ainda que seria "imediatamente encaminhada a Cuba" quando ocorrer o desligamento formal do programa, "sendo certo que, por haver discordado publicamente do estratagema engendrado pelo governo da ilha para atrair m�dicos" para o Brasil, "sofrer� contundentes repres�lias por parte da autoridade cubana".
Nesta ter�a, Caiado levou a hist�ria de Ramona ao plen�rio da C�mara. Depois, exibiu o contrato para a atua��o no Brasil. No documento, firmado entre a m�dica e "La sociedad mercantil cubana Comercializadora de Servicios M�dicos Cubanos" e com dura��o de tr�s anos, Ramona aceitou ganhar o equivalente a US$ 400 mensais, depositados no Brasil - os demais US$ 600 seriam retidos numa conta em Cuba e disponibilizados apenas quando do regresso � ilha.