
Segundo o procurador-geral de Justi�a, Francisco Cruz, a pris�o preventiva do prefeito e dos outros suspeitos � necess�ria para “garantir a ordem p�blica, evitar que novas v�timas sejam molestadas e que testemunhas sejam amea�adas”.
Ainda segundo o procurador-geral, a den�ncia resultou em um documento de 48 p�ginas, “fruto de um trabalho minucioso elaborado a partir das investiga��es iniciadas em julho de 2013. “Entendemos que o que estamos fazendo � o melhor para a sociedade. Existem elementos concretos para a a��o penal e, a partir de agora, cabe ao Tribunal de Justi�a dar prosseguimento ao caso”, acrescentou Cruz.
A reportagem n�o conseguiu contato com Pinheiro ou com seus assessores. No �ltimo dia 21, o prefeito informou, em nota, que as den�ncias contra ele s�o mentirosas e que as mulheres que confirmaram a den�ncia (v�timas, parentes da v�timas e moradoras) s�o parentes de um pol�tico que lhe faz oposi��o. Pinheiro, que est� em seu terceiro mandado, garante nunca ter mantido qualquer tipo de relacionamento com as mulheres e sugere que as den�ncias sejam uma maneira de prejudic�-lo �s v�speras dele ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O prefeito � r�u em pelo menos 70 processos que tramitam na Justi�a do Amazonas. Apesar da gravidade de algumas das acusa��es, os processos est�o parados � espera de julgamento, suscitando a hip�tese dele estar sendo beneficiado por ju�zes. Em 2006, a Pol�cia Federal passou a investig�-lo devido a ind�cios de desvio de recursos p�blicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE). As den�ncias de pedofilia come�aram a aparecer no decurso dessas investiga��es em escutas telef�nicas judicialmente autorizadas. As investiga��es culminaram na chamada Opera��o Vorax, cujo relat�rio foi divulgado em 2008. Desse relat�rio resultou a pris�o de Pinheiro, em 2009. Em agosto de 2013, Pinheiro chegou a prestar depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Explora��o Sexual de Crian�as e Adolescentes, da C�mara dos Deputados.
No �ltimo dia 20, a Corregedoria Nacional de Justi�a voltou a investigar poss�veis irregularidades ou desvios de conduta cometidos por servidores do Tribunal de Justi�a do Amazonas (TJAM), entre eles, ju�zes. A correi��o atinge todas as unidades da Justi�a de 1º e 2º graus e cart�rios notariais e de registro e, segundo a assessoria do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), a lentid�o no julgamento dos v�rios processos contra Pinheiro estava entre os ind�cios de irregularidades, reclama��es e den�ncias que os quatro ju�zes auxiliares e servidores da corregedoria.