
Agora � oficial: o ex-ministro das Comunica��es Pimenta da Veiga ser� o candidato do PSDB ao governo de Minas. Ao retirar nessa segunda-feira seu nome da disputa, o deputado federal Marcus Pestana abriu o caminho para a unifica��o do partido e o in�cio da constru��o da campanha do tucano. Ao lado de Pimenta em evento que reuniu seus principais apoiadores, o parlamentar reconheceu que n�o conseguiu o “consenso necess�rio” para uma candidatura vitoriosa e garantiu que vai apoiar o colega de partido com “todas as minhas energias e ferramentas pol�ticas”.
“Pe�o a cada companheiro que era entusiasta da minha pr�-candidatura que fa�a por Pimenta da Veiga o que faria por mim”, discursou, fortemente aplaudido pelas lideran�as pol�ticas que estiveram na sede do PSDB em Belo Horizonte para uma primeira reuni�o para discutir as elei��es deste ano. Pimenta agradeceu o ato do colega
e ressaltou que ele consagra aunidade doPSDBmineiro. “Os advers�rios s�o os �nicos frustrados deste dia”, disse.
Pestana fez quest�o de afirmar ainda que ele e Pimenta t�m a mesma “vis�o de mundo, concep��o pol�tica, olhar sobre o futuro, Minas e o Brasil”. A primeira converg�ncia veio das cr�ticas ao PT – principal partido que v�o enfrentar nas urnas para chegar aos pal�cios Tiradentes e do Planalto. No seu discurso, Pestana disse que o horizonte da economia brasileira a m�dio e longo prazo � “preocupante e nebuloso” e que as pol�ticas sociais ainda est�o aqu�m do necess�rio para o povo.
Pimenta da Veiga tamb�m n�o poupou cr�ticas ao governo Dilma Rousseff (PT): “N�o queremos vencer as elei��es por vaidade, mas para corrigir o que est� sendo feito no Brasil”, argumentou, ao defender que os mineiros devem garantir a vit�ria do presidenci�vel e senador A�cio Neves (PSDB),emMinas Gerais, para que ele chegue � cadeira hoje ocupada pelo PT. Na corrida pela sucess�o do governador Antonio
Anastasia (PSDB), Pimenta disse que nessa segunda-feira foi o primeiro dia da
caminhada para tornar Minas “o estado da inova��o”.
Principal cabo eleitoral do candidato no estado, o senador A�cio Neves estar� dividido entre o palanque de Pimenta e sua pr�pria campanha ao Pal�cio do Planalto. Dessa forma, a ideia � promover alguns eventos para os dois no estado e refor�ar o
apoio do tucano na propaganda de r�dio e televis�o–marcada para come�ar em 19 de agosto.
“A presen�a do A�cio � sempre galvanizadora. Mas agora ele tem que correr o Brasil e respeitaremos essa posi��o”, disse Pimenta, que promete uma campanha
propositiva e sem ataques aos advers�rios. “V�o surgir muitas provoca��es,
muitos ataques, mas estaremos preparados para isso. Teremos resposta a tudo que for feito e agiremos com toda a forma democr�tica. Sabemos que os advers�rios
usam todos os meios para agredir. Vamos responder casa assunto de forma mais adequada e pr�pria”, assegurou o pr�-candidato.
ALIAN�A A expectativa no PSDB � de que a candidatura de Pimenta da Veiga receba o apoio de pelo menos outros 20 partidos, muitos deles hoje da base do governo
Anastasia. Embora PMDB e PSB estejam em plena articula��o pol�tica para lan�ar candidatos pr�prios�sucess�oestadual– como senador Cl�sio Andrade e o prefeito
de Belo Horizonte, Marcio Lacerda,respectivamente–, os tucanos admitem que ainda n�o desistiram de ter as duas legendas ao seu lado em outubro.
O PSB hoje faz parte do governo estadualc om o comando das secretarias de Educa��o e Esportes e Turismo. J� o PMDB tem uma postura de independ�ncia na Assembleia Legislativa. Mas no plano nacional est� ao lado da presidente Dilma Rousseff, o que pode determinar uma aproxima��o em Minas com a candidatura a governador do ministro de Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel.
“O natural ser� o PSB somar conosco, e o PMDB est� num momento de decis�o interna e respeito �s decis�es partid�rias. J� constru�mos uma grande alian�a e, se pudermos somar outros, haveremos de fazer todos os esfor�os para isso”, afirmou Pestana, que tamb�m preside o PSDB mineiro e lidera as conversas com as legendas.
