A Pol�cia Federal instaurou inqu�rito para investigar como o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato financiou sua fuga para a It�lia. Condenado no processo do mensal�o a pena de 12 anos e 7 meses de deten��o em regime fechado, o petista deixou opa�s em setembro, dois meses antes de ter a pris�o decretada. Acabou capturado em 5 de fevereiro. O Brasil tenta sua extradi��o.
A nova investiga��o tentar� descobrir a origem do dinheiro usado por Pizzolato e as transfer�ncias monet�rias feitas pelo condenado do mensal�o.
Na captura, na cidade de Maranello, no norte da It�lia, a pol�cia italiana apreendeu com Pizzolato 15 mil e US$ 2 mil. Vizinhos disseram que ele comprava tudo em dinheiro. Pizzolato recebe aposentadoria de cerca de R$ 25 mil da Previ, fundo de pens�o dos servidores do Banco do Brasil. Ap�s ser preso em fevereiro, ele passou a ser defendido pelo advogado Lorenzo Bergami, designado pelas autoridades italianas. Ou seja, Bergami � uma esp�cie de defensor p�blico.
O trabalho da PF � feito em parceria com o Departamento de Recupera��o de Ativos e Coopera��o Jur�dica Internacional (DRCI) do Minist�rio da Justi�a. Os pedidos de bloqueio de contas no exterior s�o feitos mediante requisi��o � Secretaria Nacional de Justi�a, � qual o DRCI � subordinado. O secret�rio de Justi�a, Paulo Abr�o, disse que n�o comentaria sobre o assunto porque o processo tramita em segredo de Justi�a. Em entrevista coletiva na ocasi�o da pris�o de Pizzolato, a PF chegou a informar que n�o tinha conhecimento de dinheiro de Pizzolato no exterior.
Paralelamente � investiga��o sobre o financiamento da fuga de Pizzolato - a suspeita maior � de que ele tenha cometido o crime de lavagem de dinheiro -, a PF tamb�m investiga o ex-diretor do BB em Santa Catarina, pelo crime de falsidade ideol�gica por causa do uso de documentos falsos. Pizzolato come�ou a planejar sua fuga ainda em 2007, quando obteve os primeiros documentos em nome do irm�o Celso, morto num acidente de carro em 1978. Pizzolato tirou passaporte, RG, t�tulo de eleitor e at� declarou imposto de renda usando os documentos em nome do morto.
No caso do mensal�o, Pizzolato foi condenado por receber R$ 326 mil de propina para favorecer uma das empresas de Marcos Val�rio apontado como o operador do mensal�o, em contratos com o Banco do Brasil. Como ex-diretor do banco, Pizzolato participou, segundo o Supremo Tribunal Federal, do desvio de aproximadamente R$ 73 milh�es do Fundo Visanet para alimentar o esquema.