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Estado de Minas

Discord�ncia na �rea econ�mica deixa tensa rela��o entre Lula e Dilma

Ex-presidente aconselhou Dilma a trocar ministro Guido Mantega e mudar pol�tica econ�mica


postado em 24/02/2014 00:12 / atualizado em 24/02/2014 08:16

A presidente Dilma Rousseff deve se encontrar com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva na pr�xima quarta-feira. A rela��o entre os dois anda cada vez mais tensa. Lula concorda com a tese de que as interven��es excessivas do governo nas rela��es com o mercado deterioraram o ambiente econ�mico e afugentaram os investidores. No ano passado, havia sugerido que Dilma mudasse a equipe econ�mica, substituindo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. A presidente da Rep�blica ficou de pensar no assunto e depois disse n�o, preferiu manter o  ministro da Fazenda no cargo.

A atual pol�tica econ�mica foi concebida por Dilma, Mantega e pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante; com Meirelles na Fazenda, novamente seria “blindada” pelo mercado, com o ex-presidente Lula de avalista. Desde o “n�o” de Dilma, por�m, o ambiente econ�mico piorou e a conspira��o entre grandes empres�rios a favor do “Volta, Lula!” n�o parou de crescer. A ades�o dos petistas � tese j� � majorit�ria, com exce��o dos que est�o no governo. O ex-presidente da Rep�blica, por�m, na semana passada, resolveu puxar o freio de m�o e evitar novas reuni�es com empres�rios. Dilma � ref�m de Lula. O ex-presidente se comprometeu a apoi�-la, mas, se houver risco de perder a elei��o, tudo muda.


A prop�sito, as pesquisas de opini�o do fim de semana deram certo f�lego a Dilma Rousseff: mantiveram seu favoritismo nas elei��es deste ano. Entretanto, n�o garantem uma vit�ria no primeiro turno. As avalia��es do governo e de seu desempenho est�o estagnadas. Nada garante que a situa��o do pa�s v� melhorar daqui at� as elei��es. Analistas avaliam que a proje��o de 2% de crescimento do PIB para 2014 � considerada otimista e sujeita a chuvas e trovoadas, principalmente por causa da alta dos juros, da redu��o dos financiamentos do BNDES, dos cortes no Or�amento da Uni�o e da crise na Argentina. Al�m disso, o desgaste do governo por causa da Copa do Mundo � maior do que se imaginava. Virou mais uma inc�gnita do ponto de vista eleitoral.

� dura a vida de Dilma como candidata � reelei��o. Mesmo tendo a vantagem estrat�gica – em rela��o aos advers�rios A�cio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) – de fazer pr� -campanha no exerc�cio do cargo de presidente, com a agenda de viagens aos estados turbinada e a pr�pria imagem anabolizada por maci�a propaganda oficial.

Uma reforma encruada

A reforma ministerial continua encruada. At� agora s� avan�ou para os lados do PT, ou melhor, para os lado do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que foi guindado ao cargo e ainda controla os dois minist�rios que ocupou anteriormente, Ci�ncia e Tecnologia e Educa��o (para os quais indicou t�cnicos de sua confian�a, os ministros Marco Ant�nio Raupp e Jos� Henrique Paim, respectivamente). A reforma ministerial empacou devido � resist�ncia do PMDB, que deseja mais participa��o no governo e cobra apoio eleitoral do PT nos estados, principalmente no Rio de Janeiro e no Cear�, o que n�o deve acontecer.

O vice-presidente Michel Temer deve ter uma conversa com Mercadante e a ministra das Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, no Pal�cio do Jaburu, ainda hoje. Aliado leal da presidente Dilma, est� se enfraquecendo com os demais caciques do PMDB por causa da reforma. A conversa � preparat�ria do seu encontro com Dilma amanh�, para fechar o acordo de participa��o no governo. Os ministros Edison Lob�o (MA), de Minas e Energia, e Garibaldi Alves (RN), da Previd�ncia, ambos senadores, e Moreira Franco, da Secretaria de Avia��o Civil, pretendem ficar onde est�o. Os problemas s�o Agricultura e Turismo, cujos titulares, os deputados Ant�nio Andrade (MG) e Gast�o Vieira (MA), est�o voltando para a C�mara. O Minist�rio da Integra��o Nacional foi pleiteado pela legenda para fortalecer suas posi��es no Nordeste.

A aposta de Dilma com o PMDB � alta. Acredita que convencer� o l�der da legenda no Senado, Eun�cio de Oliveira (CE), a aceitar o cargo de ministro da Integra��o Nacional em troca da retirada de sua candidatura ao governo do Cear�. Essa seria �nica forma de entregar a pasta ao PMDB e n�o ao governador Cid Gomes (Pros) e seu irm�o Ciro (Pros), como foi prometido. At� agora, Eun�cio n�o deu sinais de que vai jogar a toalha. Caso volte atr�s, ser� mais f�cil resolver o problema da bancada do PMDB na C�mara, que articula um “bloc�o” independente com outros aliados descontentes para pressionar o Pal�cio do Planalto.

As pastas da Agricultura e do Turismo seriam suficientes para neutralizar a rebeldia do l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), junto � maioria da bancada. A rela��o Pal�cio do Planalto com a bancada peemedebista do Rio de Janeiro, por�m, j� � leite derramado, por causa da consolida��o da candidatura do senador Lindbergh Faria (PT-RJ) ao Pal�cio Guanabara, contra Luiz Fernando Pez�o (PMDB), o candidato do governador S�rgio Cabral (PMDB).


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