
O vice-presidente Michel Temer e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Secretaria de Rela��es Institucionais) tentam, a partir desta segunda-feira, conter um foco de rebeli�o de aliados da C�mara que envolve cerca de 250 parlamentares. Com a presidente Dilma Rousseff viajando para Bruxelas, caber� ao trio tentar diminuir a insatisfa��o de l�deres de partidos como o PR, PTB, PP e PMDB, que decidiram, na semana passada, compor um bloco informal para pressionar o Planalto e isolar o PT.
Ainda em Roma, para onde viajou para assistir � nomea��o de dom Orani Tempesta como novo cardeal da C�ria Romana, Dilma Rousseff tentou demonstrar pouca preocupa��o com as press�es dos ainda aliados. “Acho que tem muito de especula��o. E eu n�o vou, de fato, me manifestar sobre especula��o. Vamos ver o que acontece de fato”, disse ela.
O an�ncio do encontro mostra, na verdade, que Dilma n�o pretende esperar “para ver o que acontece de fato”. Al�m de ser o presidente em exerc�cio do pa�s durante a viagem de Dilma ao exterior, Temer foi escolhido para ser um dos interlocutores porque, na linha de frente do bloco rebelde, est� o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ). Cunha confirmou ao Correio ter sido convidado por Temer para uma conversa, no fim da tarde de hoje, no Pal�cio do Jaburu, resid�ncia oficial do vice-presidente. “N�s podemos conversar, n�o h� nenhum problema nisso. Mas isso n�o vai mudar em nada a nossa opini�o e a nossa decis�o (em formar o bloco)”, assegurou o l�der peemedebista.