Integrantes da Executiva Nacional do PT fizeram um balan�o do cen�rio de alian�as nos Estados para a disputa eleitoral deste ano e verificaram que o quadro atual "exige cuidados" para n�o dar in�cio a uma disputa fratricida com aliados. Um dos temores levantados na reuni�o da c�pula do partido, realizada nesta ter�a-feira, 18, em Bras�lia, foi o de poss�veis reflexos que as brigas estaduais podem ter na campanha � reelei��o da presidente Dilma.
Os choques com o PMDB, principal companheiro no �mbito nacional, � atualmente o principal motivo de dor de cabe�a para a dire��o nacional do PT. "Temos uma ampla alian�a no �mbito nacional, mas nos Estados foi apresentado um quadro e verificou-se que h� um tensionamento, muita dificuldade, na constru��o com o PMDB. Nas quest�es estaduais existem muitas dificuldades. Espero que elas sejam sanadas no pr�ximo per�odo", disse o secret�rio nacional de organiza��o do PT, Florisvaldo Souza, presente no encontro.
Segundo o dirigente, entre os Estados que s�o alvos de desentendimento est�o o Cear�, Esp�rito Santo, Rio Grande do Norte, Rond�nia e Paran�. Questionado se o quadro de disputa seria preocupante, Souza afirmou: "� um quadro que exige cuidados e a��o pol�tica".
A preocupa��o com um poss�vel impacto na disputa nacional em decorr�ncia das brigas estaduais entre os dois partidos foi externada pela pr�pria presidente Dilma, prov�vel candidata � reelei��o. Em jantar realizado nessa segunda-feira com integrantes da c�pula do PMDB e prefeitos da legenda de S�o Paulo, ela tocou no assunto e defendeu que a milit�ncia mantenha o apoio � reelei��o presidencial onde n�o houver alian�a entre as duas siglas. "N�s temos de tentar reproduzir essa nossa alian�a onde n�s pudermos, mas isso n�o significa que no lugar que ela n�o ocorrer, n�o ser� muito bem-vinda a presen�a, a milit�ncia, a participa��o dos prefeitos das prefeitas", afirmou Dilma no encontro foi realizado no Pal�cio do Jaburu, resid�ncia oficial do vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer.
"Onde n�o d� para o PT e o PMDB estarem juntos, e em v�rios lugares pode acontecer isso, temos um outro movimento que � fazer com que a alian�a nacional seja cumprida", afirmou secret�rio nacional de organiza��o do PT. Atualmente, o PT comanda os governos do Rio Grande do Sul, Bahia, Distrito Federal e Acre. A ideia � ter candidatura pr�pria em pelo menos 11 Estados neste ano.
Sa�da imediata
Al�m das quest�es estaduais, o encontro da Executiva Nacional do PT serviu para que fosse aprovada uma resolu��o em que a c�pula do partido determinasse a sa�da "imediata" dos filiados de cargos em Pernambuco. O Estado � governado por Eduardo Campos (PSB), que se afastou do Pal�cio do Planalto no ano passado deve disputar a elei��o presidencial do pr�ximo m�s de outubro.
Tamb�m foi decidido pela Executiva Nacional que o comando do PT no Maranh�o ficar� com o atual presidente, Raimundo Monteiro. O imbr�glio interno sobre a presid�ncia estadual no Estado se arrastava desde a realiza��o das elei��es internas ocorridas em novembro do ano passado. Com a confirma��o de Monteiro, a tend�ncia � que o partido forme uma alian�a nas pr�ximas elei��es com o PMDB, comandado no Estado pela fam�lia Sarney. Uma decis�o, no entanto, deve ocorrer apenas em junho, quando devem ocorrer as conven��es partid�rias.