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Estado de Minas

�ndicios da a��o do cartel no Uruguai surgiram h� 6 anos

Empresas Siemens e Alstom s�o acusadas de contratar firmas de fachadas para pagar propinas a agentes p�blicos de estatais de S�o Paulo


postado em 06/03/2014 09:37 / atualizado em 06/03/2014 09:54

Montevid�u- H� quase seis anos, autoridades brasileiras t�m ind�cios de que parte do suposto esquema de corrup��o da Alstom e da Siemens passava por empresas uruguaias, mas nunca fizeram nenhum pedido de coopera��o ao pa�s vizinho.

O primeiro documento do inqu�rito sobre a Siemens da Pol�cia Federal � uma representa��o de cinco p�ginas do ent�o l�der do PT na Assembleia de S�o Paulo, Roberto Fel�cio, em agosto de 2008. Ele relatou ao procurador Rodrigo de Grandis, do Minist�rio P�blico Federal, que recebera documentos nos quais se denunciava a pr�tica de atividades il�citas da Alstom e da Siemens no Metr� e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Tratava-se de dois contratos id�nticos feitos pela Siemens com as empresas uruguaias Gantown e Leraway, bem como de c�pia da carta an�nima enviada ao ombudsman da Siemens na Alemanha - que, como depois se revelou, era de autoria de Everton Rheinheimer, principal delator de corrup��o do cartel de trens.

A carta foi dirigida a diversos promotores e procuradores estaduais e federais. Nela, Rheinheimer dizia que, al�m das empresas brasileiras Procint e Constech, os consultores Arthur Teixeira e S�rgio Teixeira - este j� falecido - usavam as uruguaias Gantown e a Leraway para pagar propina no Brasil.

A reportagem consultou autoridades respons�veis pelo combate � lavagem de dinheiro no Uruguai. Todas afirmaram que a maior parte da coopera��o internacional do Pa�s � feita com Argentina e Brasil. Todas estranharam que o Brasil nunca tenha pedido coopera��o.

“Travas legais como segredos banc�rios s�o superadas facilmente com um pedido bem fundamentado. Judicialmente se levanta tudo rapidamente, algumas coisas em quest�es de horas”, afirmou o secret�rio nacional Antilavagem de Dinheiro do Uruguai, Carlos D�az.

Questionado, o procurador Rodrigo de Grandis disse que n�o poderia se manifestar por n�o ter tido acesso aos autos.

A procuradora Karen Kahn, que esteve � frente do inqu�rito do caso Siemens at� que ele foi enviado em dezembro ao Supremo Tribunal Federal (onde foi desmembrado e retornou ao Minist�rio P�blico Federal, ficando a cargo de Rodrigo De Grandis), afirmou que “estava em vias” de pedir essa coopera��o, quando o caso foi para o STF.

No fim do ano, ela pediu coopera��o � Alemanha e � Inglaterra. O Uruguai “n�o tem tradi��o de cooperar com o Brasil”, afirmou, mas � “um dos pr�ximos pa�ses para a gente cutucar”. O promotor Silvio Marques, do Minist�rio P�blico, que conduz as investiga��es do caso Alstom na esfera paulista, n�o quis se manifestar alegando que o caso est� sob sigilo.


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