Bras�lia - O senador Vital do R�go (PMDB-PB) afirmou nesta ter�a-feira, 11, que n�o aceitou o convite do governo Dilma Rousseff para ocupar o Minist�rio do Turismo. Atualmente a pasta � da cota do PMDB da C�mara dos Deputados, comandada por Gast�o Vieira, que deixar� o posto em breve para concorrer � reelei��o para a C�mara dos Deputados. "N�o quero ser motivo de divis�o para o partido", disse.
O senador afirmou ter recebido convite para ocupar o Turismo no dia 27 de fevereiro, mas, ap�s conversar com a c�pula do partido nas duas Casas, declinou o posto. Desde outubro passado, quando o PSB deixou a base aliada e o Minist�rio da Integra��o Nacional, o PMDB fez um movimento pol�tico para ocupar essa pasta. Ex-deputado, Vital teve o nome ungido pelas bancadas da C�mara e do Senado, mas Dilma vetou sua indica��o.
A presidente queria emplacar na Integra��o Nacional o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), o que daria um palanque �nico para Dilma no Cear� ao apoiar apenas o nome da fam�lia Gomes, do PROS, � sucess�o estadual. Mas Eun�cio n�o aceita qualquer cargo na Esplanada, uma vez que � o pr�-candidato ao governo do Cear� mais bem cotado nas pesquisas de inten��o de voto.
Vital do R�go defendeu a atua��o do l�der do PMDB da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), que tem criticado o desprest�gio do partido com o governo e chegou a defender na semana passada o rompimento com a alian�a nacional com Dilma. "Ele (Eduardo Cunha) apenas expressa o desejo da bancada", disse. "O l�der � aquele p�ssaro que abre o c�u".
Para o senador, o PMDB - apesar das diferen�as de rela��o do governo entre as bancadas da C�mara e do Senado - � "um s�", "monol�tico". Embora considere que o partido seja o principal fiador do governo Dilma no Senado, ele disse estar desejoso de ajudar o "processo" na C�mara.
Espera
O senador negou ter ficado magoado com o fato de ter ficado seis meses � espera do convite do governo. "N�o fica para mim nenhum sentimento que n�o seja de engrandecimento", disse. Mas reconheceu ter ficado exposto no per�odo. "Seria falso dizer que n�o tenho esse sentimento, mas a solu��o para a exposi��o de seis meses fui eu que dei", afirmou. "Eu venci uma maratona".
A respeito de indica��es para outros postos no governo, como a pr�pria Integra��o Nacional, Vital do R�go fez quest�o de ressaltar que delegou este papel aos l�deres do partido. E que n�o tem participado das negocia��es do partido.
Mesmo rejeitando assumir um cargo na Esplanada, o senador peemedebista disse que se sentia honrado por ter conseguido o apoio das duas bancadas. Mas disse que, no momento, � mais �til para o governo na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado, a mais importante da Casa e da qual � presidente. Ele citou como propostas a serem discutidas na comiss�o a revis�o do C�digo Penal e da Lei de Licita��es.
Palanques regionais
Para o peemedebista, a prioridade do partido no momento � resolver a forma��o dos palanques regionais com o PT. Ele elogiou o fato de os petistas terem sinalizado que poderiam apoiar candidatos do PMDB em seis estados, entre eles a Para�ba. L�, o partido deve lan�ar o irm�o de Vital, o ex-prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do R�go.
"N�s queremos votar na Dilma e l� j� tem dois palanques", disse Vital, referindo-se ao do PSDB, com o senador C�ssio Cunha Lima, e do PSB, com o atual governador e candidato � reelei��o, Ricardo Coutinho.