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Estado de Minas

Para tentar conter crise com a base, Planalto libera pacote contra "bloc�o"

Na tentativa de desarticular deputados insatisfeitos, governo libera R$ 4 mi em emendas e agiliza nomea��o de ministros. Entre os seis indicados ontem est� o mineiro Campolina


postado em 14/03/2014 06:00 / atualizado em 14/03/2014 08:42

Paulo de Tarso Lyra, Grasielle Castro e Naira Trindade

Bras�lia – O governo abriu o cofre das emendas parlamentares – foram mais de R$ 4 milh�es pagos entre 8 e 11 de mar�o – e agilizou a caneta nas nomea��es de cargos, indicando seis ministros de uma s� vez para a Esplanada. O pacote completo � uma tentativa de desarticular o bloc�o de 250 deputados e reverter a surra pol�tica que levou no Parlamento, com a convoca��o de ministros para depor no Congresso e a cria��o de uma comiss�o externa para investigar suspeitas de propinas na Petobras.

Para completar, o Planalto alterou a estrat�gia em rela��o ao l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ): em vez do enfrentamento direto, como defendido pela pr�pria presidente no in�cio da semana, ensaia-se, a longo prazo, uma reaproxima��o, para n�o perder o apoio da segunda maior bancada da Casa. “N�o d� para tentar simplesmente isolar o Cunha. Dilma percebeu que ele tem poder de incendiar a C�mara”, reconheceu um l�der alinhado � presidente.

No fim da tarde de ontem, a Secretaria de Comunica��o divulgou uma nota nomeando, de maneira conjunta, os seguintes ministros: Neri Geller (Agricultura); Vinicus Lages (Turismo); Gilberto Occhi (Cidades); Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agr�rio); Cl�lio Campolina Diniz (Ci�ncia e Tecnologia) e Eduardo Lopes (Pesca). No Di�rio Oficial de hoje tamb�m aparecer� a nomea��o de Beto Vasconcelos como chefe de gabinete da presidente. As posses acontecer�o na segunda-feira, �s 10 horas.

Geller foi indicado apesar da imensa irrita��o sentida por Dilma ao saber que o futuro ministro, antes mesmo de ser confirmado no cargo, foi � C�mara “beijar a m�o de Eduardo Cunha”, nas palavras de um interlocutor palaciano. “Dilma tamb�m ficou possessa com Antonio Andrade (que deixa o cargo) por ter levado o sucessor por esse p�riplo”, confirmou um peemedebista hist�rico.

As indica��es pacificam diversos setores da base, em uma tentativa da presidente de amainar a crise pol�tica que sofre junto aos aliados. Na ter�a-feira, durante reuni�o com o PP, o chefe da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante acertou a indica��o de Gilberto Occhi para o Minist�rio das Cidades. T�cnico, como o perfil exigido pela presidente, ele pacifica o partido, cindido inicialmente entre o desejo do ministro que sa�a, Aguinaldo Ribeiro e o da bancada de que o novo ministro fosse o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI). “Todas as demandas do PP foram atendidas, o governo n�o nos deve mais nada”, disse Ciro em conversa com senadores da base.

Para atender os interesses do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Dilma nomeou o assessor internacional do Sebrae, Vin�cius Nobre Lages, para o Turismo. Nem o antecessor no cargo, Gast�o Vieira, conhecia Vinicius, que foi reitor da Universidade Federal de Alagoas. Nos �ltimos dois dias, um dos cotados para o cargo era o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), �ngelo Oswaldo. Ligado ao ex-ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio, Fernando Pimentel, ele atenderia os interesses do petista de compor com o PMDB mineiro e afast�-lo da �rbita do presidenci�vel A�cio Neves (PSDB-MG). Mas Pimentel conseguiu emplacar o ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Cl�lio Campolina como ministro da Ci�ncia e Tecnologia.

Os novos ministros

Ci�ncia e Tecnologia
Cl�lio Campolina
Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais

Cidades
Gilberto Occhi
Atual vice-presidente de Governo da Caixa Econ�mica Federal

Agricultura
Neri Geller
Atual secret�rio de Pol�tica Agr�cola do minist�rio

Desenvolvimento Agr�rio
Miguel Rossetto
Presidente da Petrobras Biocombust�veis e ex-ministro do Desenvolvimento Agr�rio (no governo Luiz In�cio Lula da Silva)

Turismo
Vinicius Nobre Lages
Gerente de assessoria internacional do Sebrae

Pesca
Eduardo Lopes
Senador (PRB-RJ)

Da reitoria para a Esplanada

Escolhido para chefiar o Minist�rio de Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o, o mineiro Cl�lio Campolina Diniz (foto) � uma indica��o t�cnica. Ele � reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde 2010 e encerra a gest�o na pr�xima semana. Professor aposentado da Faculdade de Ci�ncias Econ�micas, tem p�s-doutorado na �rea pela University of Rudgers, nos Estados Unidos. Antes, concluiu mestrado e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Desde 2010, Clelio Campolina integra o Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social (CDES) da Presid�ncia da Rep�blica. Atua nas �reas de economia regional, desenvolvimento econ�mico, economia de tecnologia e economias brasileira e de Minas Gerais, tendo mais de 100 trabalhos publicados no Brasil e exterior.


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