S�o Paulo - O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de S�o Paulo (TCE-SP) Robson Marinho, suspeito de ter recebido propinas de US$ 1,1 milh�o de coligadas da empresa Alstom, disse ontem em nota que n�o praticou qualquer ato que possa desabonar sua conduta.
“Lamento que partidos pol�ticos, em atitude de oportunismo t�pico de ano eleitoral, busquem constranger os organismos judici�rios para atropelar o processo legal e o princ�pio da presun��o de inoc�ncia. Querem condenar-me sem mesmo existir processo judicial para tanto. Mais do que isso, querem punir-me, mesmo antes da instaura��o de processo”, anotou.
Embora desde 2008 sejam conhecidas as suspeitas de que recebeu propina da Alstom em contas na Su��a, e desde essa �poca seja investigado, at� hoje Marinho n�o foi denunciado � Justi�a - em janeiro, 11 pessoas viraram r�s em processo criminal envolvendo a Alstom, entre ex-diretores da multinacional, lobistas e ex-diretores de uma extinta estatal de energia.
Por ter foro privilegiado como conselheiro de contas, Marinho � investigado no Superior Tribunal de Justi�a. O inqu�rito que apura suas condutas � fase anterior ao processo judicial, que s� ocorrer� caso o Minist�rio P�blico o denuncie formalmente e a Justi�a aceite a pe�a.
O conselheiro declarou: “Afirmo que n�o pratiquei qualquer ato que possa desabonar minha conduta, enquanto no exerc�cio das minhas fun��es como conselheiro e, muito menos, a pr�pria institui��o, � qual tenho a honra de servir”.
Marinho ainda disse que a “cronologia b�sica” do caso “desmente as suposi��es do Minist�rio P�blico” que, segundo ele, entende que o conselheiro recebeu propina em 1998, embora s� tenha beneficiado a Alstom em 2001 - os dep�sitos em sua conta v�o at� 2005. Marinho nada afirmou sobre a origem do dinheiro.