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Estado de Minas

Gabrielli tamb�m p�e em xeque vers�o de Dilma


postado em 21/03/2014 08:37 / atualizado em 21/03/2014 09:11

Salvador e Bras�lia - Presidente da Petrobras de 2005 a 2012, per�odo da compra da pol�mica refinaria de Pasadena, nos EUA, S�rgio Gabrielli afirmou nessa quinta-feira que as cl�usulas que obrigaram a estatal brasileira a ficar com toda a planta s�o “normais em negocia��es de grandes empresas”. A declara��o ocorre dois dias ap�s o jornal O Estado de S. Paulo revelar que a hoje presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, apoiou o neg�cio bilion�rio em 2006, quando era chefe da Casa Civil do governo Lula e presidente do Conselho de Administra��o da Petrobr�s.

Dilma disse, em nota, que s� deu seu apoio porque n�o tinha conhecimento das cl�usulas. O “resumo t�cnico” que embasou a decis�o, disse a presidente, n�o explicitava que, em caso de desentendimento com a s�cia belga Astra Oil, uma das partes teria de ficar os 50% da outra.

O desentendimento surgiu e a Petrobras, que havia pago US$ 360 milh�es em 2006 por metade da refinaria, desembolsou mais US$ 820 milh�es em 2012 para ficar com toda a planta, num neg�cio que superou US$ 1 bilh�o. O pagamento ocorreu ap�s um longo lit�gio com os belgas.

“Quando voc� compra uma participa��o em uma empresa, � normal que voc� preveja a possibilidade de venda dela”, disse Gabrielli, num discurso que sugere uma contesta��o � fala da presidente, de que n�o tinha conhecimento das cl�usulas. Diretores da Petrobr�s afirmaram reservadamente ontem que, como presidente do conselho, Dilma teria como saber de todas as cl�usulas do contrato.

Gabrielli, por�m, n�o quis revelar se as cl�usulas foram debatidas pelo conselho. “As discuss�es internas s�o privadas e eu me reservo o direito de preservar a confidencialidade delas”, disse o ex-presidente da estatal, que hoje integra o primeiro escal�o do governo Jaques Wagner (PT) na Bahia.

Intenso. Em audi�ncia na C�mara dos Deputados em maio do ano passado, a atual presidente da Petrobr�s, Gra�a Foster, foi questionada sobre as discuss�es que antecederam a decis�o do Conselho de Administra��o pela compra da refinaria americana. Ela disse que as discuss�es do conselho sempre s�o muito “intensas” e chegam a durar “semanas”. “Treinamos bastante para irmos ao conselho”, disse � Comiss�o de Minas e Energia.

O deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), l�der do PSDB na C�mara, teve de insistir tr�s vezes para que ela respondesse “se houve alguma manifesta��o de membro do Conselho de Administra��o, seja criticando ou desaprovando essa negocia��o”.

“Eu participei, talvez nos �ltimos 15 anos, eventualmente, de algumas reuni�es do conselho como assistente, dando apoio ao meu chefe que l� estava, em algumas situa��es, e a discuss�o do conselho � intensa. N�s temos ali o controlador, os minorit�rios e a Petrobr�s, que quer crescer. H� uma discuss�o muito forte. � sempre intenso. A prepara��o para uma reuni�o do Conselho de Administra��o � algo que toma semanas de discuss�o. Treinamos bastante para irmos ao Conselho”, respondeu.

As declara��es da atual presidente da Petrobr�s tamb�m p�em em xeque a justificativa de Dilma para aprovar a compra da refinaria - desconhecimento de cl�usulas do contrato.

Na audi�ncia, Gra�a Foster defendeu a compra da refinaria no contexto da pol�tica da empresa em 2006, mas afirmou que, se fosse hoje, ela n�o seria favor�vel.

Ex-diretor. Na ocasi�o, ela tamb�m defendeu o ex-diretor da �rea internacional da estatal Nestor Cerver�, atual diretor financeiro da BR Distribuidora, acusado por Dilma de ter elaborado o resumo t�cnico “falho” sobre Pasadena. Cerver� foi indicado para o cargo com o apoio do ex-ministro Jos� Dirceu, hoje cumprindo pena na pris�o por causa do esc�ndalo do mensal�o, e do senador Delcidio Amaral (PT), hoje pr�-candidato ao governo do Mato Grosso do Sul. O ex-diretor da Petrobras est� em f�rias e viajou nesta semana passa a Europa.


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