
Bras�lia – Est� aberta a corrida pela abertura da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) sobre neg�cios da Petrobras no Congresso. A oposi��o decidiu nessa ter�a-feira apostar em uma apura��o conjunta

No Senado, ele calcula que 28 parlamentares assinem o texto. Al�m da oposi��o, a conta inclui senadores que se consideram independentes, incluindo alguns de partidos da base, como Pedro Simon (PMDB-RS), Pedro Taques (PDT-MT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Embora o l�der do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), tenha anunciado apoio �s investiga��es, os colegas da legenda do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, advers�rio de Dilma em outubro, ainda n�o confirmaram a ades�o.
Petistas avaliam que o Senado pode barrar as investiga��es. Para eles, o bloc�o na C�mara vai engrossar as assinaturas. A lideran�a do PPS diz, por exemplo, que, dos 76 peemedebistas da Casa, 28 j� aderiram. “No Senado, a n�o ser que haja algum fato novo, n�o haver� assinaturas suficientes”, analisa o l�der do PT na Casa, Humberto Costa (PE). Costa repetiu o discurso da base nos �ltimos dias: “N�o tem cabimento a realiza��o da CPI. Porque a Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico Federal e o Tribunal de Contas da Uni�o j� est�o investigando. Temo que a convoca��o termine reproduzindo cen�rio da �ltima CPI do Congresso, a do Cachoeira, quando, depois de v�rios meses de disputa e acusa��es, n�o tivemos sequer indiciamentos. A CPI vai ser palanque da oposi��o”.
L�der da articula��o da CPI mista, o senador A�cio Neves (PSDB-MG), candidato � Presid�ncia, negou as acusa��es de que haja cunho eleitoral na iniciativa. “Se (a CPI) fosse eleitoreira, n�o teria possibilidade de conseguir assinaturas. Outra op��o � o Congresso lavar as m�os. Se alguns quiserem fazer isso, que assumam a responsabilidade. A oposi��o n�o vai fazer. Somos minoria, mas vamos buscar (as assinaturas) com argumentos para que investiga��es ocorram”, disse. A oposi��o lista quatro objetivos da CPI mista.
A primeira � a investiga��o sobre a compra de Pasadena, que acabou gerando preju�zo bilion�rio. Ao jornal Estado de S.Paulo, Dilma disse que se baseou em documento “falho” ao votar pela aprova��o da compra em 2006. A segunda � a den�ncia de que funcion�rios da Petrobras receberam propina de uma empresa holandesa que aluga plataformas flutuantes. Os parlamentares querem tamb�m esclarecer den�ncias de irregularidades na constru��o da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Por fim, requerem acesso �s atas das reuni�es do Conselho de Administra��o da Petrobras.
Representa��o contra Dilma
Senadores do grupo dos "independentes" pediram ontem ao procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, a abertura de investiga��o contra a presidente Dilma Rousseff. Os congressistas querem que o �rg�o investigue a participa��o da petista na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, em 2006. Na �poca, Dilma era presidente do Conselho de Administra��o da estatal, que avalizou o neg�cio. Escalado para comentar a representa��o, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, recha�ou o documento e o considerou de cunho “eleitoreiro”. “Chama a aten��o que a representa��o seja dirigida exclusivamente � presidente, quando os fatos dizem respeito a um �rg�o colegiado”, destacou.
Os senadores afirmam que a presidente pode ter cometido crimes de enriquecimento il�cito e improbidade administrativa ao autorizar a compra da refinaria. Embora o Minist�rio P�blico investigue a compra desde o ano passado, eles querem que o papel de Dilma seja esclarecido. No grupo est�o Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Taques (PDT-MT), Ana Am�lia Lemos (PP-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF).