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Estado de Minas

Executivo da Siemens alerta para risco de falta de �tica

Executivo da Simenes sugeriu que as empresas instalem um rigoroso sistema de controle interno para inibir condutas il�citas de seus executivos


postado em 26/03/2014 09:07 / atualizado em 26/03/2014 09:25

S�o Paulo - O vice-presidente jur�dico da Siemens Brasil, F�bio Selhorst, sugeriu nessa ter�a-feira (25) que todas as empresas instalem um rigoroso sistema de compliance (controle interno) para inibir condutas il�citas de seus executivos. Ele alertou para a vig�ncia no Brasil, desde o fim de janeiro, da Lei Anticorrup��o, que prev� puni��o tamb�m para as pessoas jur�dicas. “A empresa que daqui para frente n�o for �ntegra, n�o for �tica, n�o vai ficar no mercado”, afirmou.

Selhorst disse que o Pa�s “vive o come�o de um movimento nesse sentido, da toler�ncia zero com as condutas il�citas”. Em maio de 2013, a Siemens fez acordo de leni�ncia com o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), �rg�o antitruste do governo federal, que possibilitou a descoberta da a��o do cartel metroferrovi�rio em S�o Paulo e no Distrito Federal, entre 1998 e 2008. Selhorst disse que a multinacional alem� n�o tomou a medida “por ingenuidade”.

“A Siemens hoje, apesar de ter um legado de um passado que a gente n�o se orgulha, entende que a sociedade n�o est� mais disposta a tolerar irregularidades”, afirmou o vice jur�dico da gigante alem�. “Os milhares de funcion�rios da Siemens hoje est�o pagando pela a��o de pouqu�ssimos indiv�duos, um punhado de indiv�duos que n�o agiram de forma �tica. Por isso procuramos as autoridades. A Siemens n�o � uma padaria, � uma empresa com meio milh�o de funcion�rios no mundo.” Selhorst falou para uma plateia formada eminentemente por advogados e executivos de compliances durante o F�rum de Departamentos Jur�dicos promovido pela Gest�o Jur�dica Empresarial (Gejur).

Esqueleto

O executivo da Siemens n�o abordou especificamente o esc�ndalo que abalou a empresa em praticamente todo o mundo. “Encontramos ind�cios de pr�ticas suspeitas, por isso levamos imediatamente o assunto �s autoridades que t�m poder de pol�cia”, afirmou. “Ao identificar os ind�cios de irregularidades, temos duas op��es: ou varremos para debaixo do tapete, ou podemos levar proativamente �s autoridades.”

Selhorst disse que, diante da toler�ncia cada vez menor da sociedade �s pr�ticas il�citas, as empresas podem escolher um caminho, mas advertiu. “Se voc� varre para debaixo do tapete (condutas il�citas) ou se voc� fecha esse arm�rio com o esqueleto dentro e joga no Rio Tiet�, esse arm�rio pode um dia voltar � superf�cie. Ele vai aparecer num momento futuro, quando a toler�ncia, como a gente espera, a qualquer pr�tica il�cita, vai ser muito menor do que � hoje.”

O engenheiro Wagner Giovanini, diretor de Compliance da Siemens Brasil, alertou. “A qualquer momento n�s podemos imaginar que tem algu�m fazendo alguma estupidez dentro da nossa organiza��o. Mesmo com treinamento, com cartilhas, pode ter gente fazendo alguma coisa errada.”


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