(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Pimentel acredita em cen�rio favor�vel para o PT na disputa pelo governo de Minas

Pr�-candidato ao governo pelo PT diz que inseguran�a em Minas hoje � preocupante e que tema ser� prioridade, caso ven�a as elei��es


postado em 27/03/2014 06:00 / atualizado em 27/03/2014 07:45

"Acredito que o PMDB estar� conosco, ou no primeiro ou no segundo turno. Se a tese da candidatura pr�pria vingar, vamos respeitar" (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Economista e ex-ministro de Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior e tamb�m ex-prefeito de Belo Horizonte por duas gest�es, durante o per�odo de 2002 a 2008, Fernando Pimentel (PT) n�o esconde sua anima��o com a disputa pelo governo do estado. Na sua avalia��o, o quadro � um dos melhores para a oposi��o em Minas, derrotada nas tr�s �ltimas elei��es pelo PSDB. Tanto que, de acordo com o petista, � a primeira vez que os tucanos estimulam na disputa estadual o lan�amento de uma terceira via para dividir os votos e garantir  dois turnos. “N�o estamos preocupados com detalhes de estrat�gia eleitoral, com dois ou tr�s candidatos. Mas me parece que o PSDB est� e trabalha por um terceiro candidato. Seja ele do PMDB, do PSB ou de que partido for”, afirma o ex-ministro, que, entre secret�rio, prefeito e vice, passou 16 anos na prefeitura da capital. Para ele, os mineiros j� sentem os desgastes dos 12 anos de gest�o do PSDB e querem mudan�as.

Pimentel ainda aproveitou para alfinetar seu advers�rio, o ex-ministro das Comunica��es e tamb�m ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga (PSDB), lan�ado candidato ao governo pelo senador A�cio Neves (PSDB). “Minha candidatura n�o � inven��o de ningu�m. N�o estou caindo de para-quedas. O caminho que me trouxe at� aqui � um caminho de naturalidade. Fui secret�rio, vice-prefeito, prefeito, candidato a senador e ministro da presidente Dilma.”  

Sobre o PMDB mineiro, que ensaia candidatura pr�pria e h� poucos dias se encontrou com lideran�as do PSDB para discutir sucess�o no estado, o ex-ministro � taxativo. Segundo ele, os dois partidos v�o caminhar juntos em Minas Gerais, seja no primeiro ou no segundo turno. Pimentel disse que as duas legendas est�o “conversando muito” e afirmou n�o acreditar na possibilidade de uma alian�a do PMDB com o PSDB no estado. Sobre o metr� da capital – um dos assuntos que v�o ser explorados pelo PSDB na campanha como um descaso do governo Dilma Rousseff com os mineiros – o ministro disse que tem dinheiro do governo federal para a execu��o da obra e que at� agora ela n�o saiu do papel porque a Metrominas, �rg�o vinculado � Secretaria de Transportes e Obras P�blicas, n�o tem projeto executivo. “Mas se at� o fim do mandato, se o projeto n�o estiver pronto e eu for eleito governador, vamos tirar o metr� do papel”, garante. O pr�-candidato n�o quis adiantar os principais pontos de sua campanha, assegurou apenas que a seguran�a p�blica que, segundo ele, enfrenta um dos piores momentos em Minas Gerais, ser� uma de suas prioridades.

Como est�o as alian�as? O senhor acredita que PT e PMDB v�o caminhar juntos, ou o partido pode mesmo lan�ar candidato pr�prio ou quem sabe se aliar ao PSDB?
Acho que est� muito cedo ainda para definirmos alian�as, pois os partidos todos v�o se definir mais adiante um pouco. Mas, no caso do PT e do PMDB, o mais natural � que a gente fa�a alian�a desde o primeiro turno. Fizemos juntos as tr�s �ltimas campanhas para o governo do estado. N�o h� nenhuma evid�ncia de que isso v� ser alterado. Seria uma incongru�ncia. Acredito que o PMDB estar� conosco, ou no primeiro ou no segundo turno. Se a tese da candidatura pr�pria vingar, vamos respeitar. O que n�o deve acontecer � uma alian�a do PMDB com o PSDB, porque seria uma viol�ncia contra o eleitor que h� 12 anos apoia o PT junto do PMDB. Mas as conversas est�o caminhando muito bem.

Mas sem o PMDB o PT n�o vai ficar isolado, j� que a coliga��o do PSDB deve ser bem ampla e com muitos partidos?
Essa hist�ria de falar que tal partido definiu por esse ou aquele candidato � precipitada. N�o tem nada definido. At� porque os partidos t�m alian�as com o governo Dilma no plano nacional e no local dizem que v�o se coligar com o PSDB, mas isso pode mudar. Muita �gua ainda vai correr por debaixo da ponte. Do lado de l� poder� haver alguma mudan�a de rumo, mas n�o quero antecipar nada porque aqui em Minas boa parte das conversas s�o feitas privadamente.

Existe uma conversa de bastidores de que uma terceira candidatura estaria sendo estimulada para quebrar a polariza��o e dividir votos. Para o PT seria interessante?
Do nosso ponto de vista n�o � interessante. Talvez do ponto de vista dos advers�rios seja, pois pela primeira vez na hist�ria pol�tica de Minas Gerais os tucanos est�o em busca de um terceiro candidato. Eles ganharam tr�s elei��es seguidas no primeiro turno e agora, visivelmente, se esfor�am para que tenha um terceiro candidato que leve a elei��o para o segundo turno. N�s n�o estamos preocupados com isso. Estamos organizando nossa coliga��o e nossa campanha. Se for em um turno s�, �timo. Se for em dois turnos, n�o tem nenhum problema.

Queria que o senhor dissesse, em linhas gerais, quais ser�o algumas das principais propostas de seu programa de governo?
Vamos montar uma proposta ouvindo os mineiros. Estamos fazendo caravanas da participa��o, j� fomos em quatro regi�es do estado e visitamos v�rias cidades para ouvir de perto o cidad�o, porque as pessoas querem ser ouvidas. Esse � um d�ficit que sinto em Minas Gerais. Fico at� um pouco espantado como o governo do estado n�o avan�ou minimamente na dire��o de ouvir o cidad�o, de faz�-lo participar. Hoje, temos tantas ferramentas, mas as pessoas n�o s�o ouvidas. O governo se afastou, por isso estamos conversando muito para saber o que a popula��o – n�o s� prefeitos, empres�rios e lideran�as – quer para a seguran�a, sa�de, educa��o e outros temas priorit�rios tamb�m, como a seguran�a p�blica.

Mas alguma �rea ser� priorit�ria?
N�o quero ser precipitado nem leviano e muito menos fazer cr�ticas e sugerir propostas sem ter um diagn�stico adequado, mas a inseguran�a em Minas � vis�vel e preocupante. Tenho filhos adolescentes e, quando estou em Belo Horizonte, n�o durmo enquanto eles n�o chegam em casa intactos, porque a viol�ncia hoje � lugar comum nas grandes, pequenas e m�dias cidades e at� na zona rural de Minas Gerais. Tenho certeza que esse sentimento de inseguran�a �, hoje, comum a todo pai e toda m�e em Minas, por isso posso antecipar que esse ponto vai ser uma das nossas principais preocupa��es. Estamos tentando diagnosticar o que est� acontecendo. Parece que a pol�cia n�o tem efetivo nem equipamento suficientes. No interior, os prefeitos se queixam de que s�o eles que bancam a pol�cia, pagando gasolina, aluguel de depend�ncia policial e �s vezes at� comida para presos de cadeias p�blicas. H� claramente um d�ficit de aten��o e de cuidado. Sei que � uma quest�o dif�cil, mas � muito patente que estamos vivendo uma crise de seguran�a raramente vista em Minas Gerais.

O senhor enfrenta uma den�ncia de improbidade por causa da instala��o, em 2004, das c�meras de vigil�ncia do projeto Olho Vivo, assunto que j� vem sendo explorado pelos advers�rios na internet e com certeza dever� pautar a disputa. Isso n�o pode prejudic�-lo?

Todos os agentes p�blicos est�o sujeitos a serem processados por algum promotor que entender que o que voc� fez n�o estava correto ou por alguma interpreta��o equivocada de algum procedimento administrativo. Para isso existe a justi�a. No caso do programa Olho Vivo, foi um conv�nio extremamente �til para a cidade, uma tentativa h� 10 anos de encarar esse problema da viol�ncia, que na �poca j� era vis�vel e come�ava a aparecer em BH. O cidad�o, hoje, tem maturidade para diferenciar o joio do trigo e perceber quem errou ou tentou acertar, mas n�o fez da forma que o Minist�rio P�blico entendeu ser correta, e quem agiu de forma deliberada para usufruir de algum benef�cio. Eu n�o tenho problema com isso n�o, estou com a consci�ncia tranquila. N�o vou tentar censurar ningu�m. A internet � territ�rio livre. N�o vamos fazer campanha de baixaria contra ningu�m. A s�tira e a brincadeira fazem parte da nossa cultura pol�tica, e quem acessa a internet sabe bem distinguir isso. O caminho das pessoas atingidas n�o � barrar, � acionar a Justi�a e pedir provid�ncias. Tirar do ar nunca. Isso � um atentado � liberdade de opini�o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)