Figueiredo defende legitimidade da Unasul em crise

Bras�lia, 03 - O ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, defendeu nesta quinta-feira a legitimidade da Uni�o de Na��es Sul-americanas (Unasul) na media��o da crise na Venezuela. O ministro se recusou a comentar diretamente as acusa��es feitas ontem pela deputada venezuelana Maria Corina Machado, que disse aos senadores brasileiros que a organiza��o n�o tinha a confian�a dos venezuelanos como mediadora. Figueiredo refor�ou, ainda, que a Unasul foi capaz de conversar com todas as for�as pol�ticas envolvidas na crise do pa�s.

"Tivemos amplo acesso a todas as for�as pol�ticas, econ�micas, sociais, aos estudantes. Tivemos um di�logo muito aprofundado que, creio, conseguiu gerar uma confian�a muito grande entre essas for�as pol�ticas e a Unasul. Deixamos muito claro que est�vamos l� para apoiar a concilia��o nacional" afirmou o ministro em entrevista depois de um encontro com o chanceler do Chile, Heraldo Mu�oz.

A deputada venezuelana, hoje a principal voz da oposi��o contra o presidente Nicol�s Maduro, esteve ontem no Congresso brasileiro e falou por mais de tr�s horas na Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado. Tamb�m teve um encontro reservado na C�mara dos Deputados. Quando questionada pelos parlamentares sobre o papel mediador da organiza��o, afirmou que a Unasul "tem um s�rio problema de legitimidade" e n�o � um "mediador objetivo e imparcial".

"A inten��o foi precisamente ajudar o governo e o povo venezuelano a encontrar um di�logo amplo e construtivo. A Unasul n�o pode apenas ficar olhando a polariza��o em um pa�s irm�o e n�o contribuir nas suas possibilidades", defendeu o chanceler chileno. Mu�oz acredita que a presen�a da organiza��o est� sendo �til e que sem a participa��o da Unasul a aproxima��o para o di�logo seria ainda mais dif�cil.

Uma nova visita est� sendo programada para a pr�xima semana. Dela dever�o participar, a princ�pio, Figueiredo e os ministros das Rela��es Exteriores do Equador, Ricardo Pati�o, e da Col�mbia, Mar�a Angela Holgu�n. "Vamos voltar na medida em que nossa presen�a seja �til. S�o os atores externos amigos que podem contribuir, para acompanhar, sugerir, at� quando seja necess�rio", afirmou Mu�oz.