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Estado de Minas

Cabral renuncia e vice toma posse nesta quinta-feira no Rio

No �ltimo dia de governo, Cabral faltou ao �nico compromisso que estava em sua agenda, �s 9 horas, e frustrou cerca de cem pessoas que o aguardavam para a solenidade


postado em 03/04/2014 18:01 / atualizado em 03/04/2014 18:19

O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB), leu, �s 16h35 desta quinta-feira, a carta de ren�ncia do governador S�rgio Cabral (PMDB) e declarou vago o cargo at� as 9h desta sexta-feira, 04, quando o vice, Luiz Fernando Pez�o, tomar� posse na sede do Legislativo. Cabral transmite o governo a Pez�o em outra solenidade, �s 10h30, no Pal�cio Guanabara. Com a ren�ncia, o ex-governador pode disputar um cargo eletivo em outubro. O PMDB quer lan��-lo ao Senado, mas a decis�o final ainda depende de acordos firmados com outros partidos em torno da candidatura de Pez�o, que tentar� a reelei��o. Com popularidade em baixa, Cabral analisa tamb�m a possibilidade de ser candidato a deputado.

Manifestantes est�o convocando para as 17 horas de amanh�, no Largo do Machado (zona sul), o ato p�blico "Cabral, v� em Paes! Pez�o, bem-vindo � revolu��o". O nome do protesto faz um trocadilho com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, aliado de Cabral e Pez�o.

No �ltimo dia de governo, Cabral faltou ao �nico compromisso que estava em sua agenda, �s 9 horas, e frustrou cerca de cem pessoas que o aguardavam para a solenidade de in�cio das obras de constru��o do edif�cio-sede do Centro Universit�rio Estadual da Zona Oeste (Uezo), no bairro de Campo Grande. Segundo a assessoria de imprensa informou que "o governador se estendeu em uma reuni�o interna".

�s 7 horas, o governador cumpriu agenda secreta: visitou as obras do novo Museu da Imagem e do Som (MIS), em Copacabana, coberta apenas pela TV Globo. "Trata-se de um projeto da Funda��o Roberto Marinho, que chamou a TV Globo", informou a assessoria de imprensa do Pal�cio Guanabara.

Em Campo Grande, depois de uma hora de espera pelo governador, a cerim�nia come�ou �s 10 horas, em um terreno que se tornou um grande lama�al por causa da forte chuva que atingiu a regi�o nesta manh�. Um grupo de alunos da Uezo chegou no fim da solenidade e fez uma r�pida manifesta��o por melhores condi��es de trabalho para os professores e por melhorias no campus universit�rio. Os estudantes foram surpreendidos pela aus�ncia de Cabral e vaiaram quando o nome do governador foi citado por uma autoridade.

O Di�rio Oficial do Estado do Rio desta quinta publicou decretos nos quais Cabral exonera auxiliares que eram secret�rios estaduais. Muitos ser�o candidatos nas elei��es de 2014 e, por lei, precisam deixar seus postos seis meses antes da disputa, para n�o se tornarem ineleg�veis. H� ainda na lista parceiros muito pr�ximos de Cabral, como o ex-secret�rio da Casa Civil R�gis Fichtner e o ex-secret�rio de Governo Wilson Carlos Carvalho.

Popularidade

Cabral deixa o cargo em meio a uma crise de popularidade que o acompanha desde as manifesta��es de junho de 2013. Mesmo ap�s os protestos perderem for�a no Pa�s, Cabral continuou a ser fustigado pelo movimento "Fora, Cabral", promotor de atos que terminaram em confronto com a Pol�cia Militar perto do Pal�cio Guanabara, sede do governo estadual, e em outros pontos da cidade, e um acampamento perto da resid�ncia do chefe do Executivo estadual, no Leblon, zona sul, conhecido como "Ocupa Cabral". O governador v� motiva��o eleitoral nessas iniciativas.

Tamb�m contribuiu para perenizar a impopularidade de Cabral a atua��o da PM nas manifesta��es, acusada de abusar da for�a e de cometer arbitrariedades para conter ativistas. H� ainda a crise do programa das Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs), instaladas em comunidades pobres antes dominadas por traficantes. Aparentemente por ordem que partiu de pres�dios, criminosos que atuam nessas regi�es atacaram policiais das UPPs. Houve tamb�m manifesta��es de moradores, em protesto contra a��es policiais que acusam de serem arbitr�rias e violentas.

O peemedebista deixa o governo pouco antes da interven��o das For�as Armadas no Complexo da Mar�, a seu pedido. Em 2007, o governador tomara posse havia menos de um m�s quando, em 19 de janeiro, 500 homens da For�a Nacional de Seguran�a chegaram ao Rio, por determina��o do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva, para enfrentar a��es do crime organizado. A interven��o aconteceu a pedido de Cabral, que se aproximara de Lula no segundo turno da elei��o de 2006.

Nesta sexta-feira, 04, �s 9 horas, o vice-governador Luiz Fernando Pez�o (PMDB) toma posse na Assembleia. Em seguida, haver� solenidade em que Cabral transmitir� o cargo a Pez�o no Pal�cio Guanabara. O novo governador ser� candidato � reelei��o em outubro, com apoio de Cabral e discurso de continuidade da administra��o. Ele � pr�ximo da presidente Dilma Rousseff, que tamb�m apoiar� no Rio de Janeiro a candidatura do senador petista Lindbergh Farias a governador. Apesar da insist�ncia de Cabral, o PT rompeu a alian�a que mantinha com o PMDB e lan�ou Lindbergh como candidato pr�prio.


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