A defesa do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu aponta em peti��o enviada nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o Minist�rio P�blico do Distrito Federal e dos Territ�rios (MPDFT) pediu a quebra do sigilo das liga��es de celular feitas na �rea do Pal�cio do Planalto. Segundo o advogado, o pedido faz parte da investiga��o para apurar se Dirceu usou celular dentro do Pres�dio da Papuda, no Distrito Federal. A assessoria do �rg�o disse que vai se manifestar apenas no processo.
Segundo o advogado, uma das coordenadas est� localizada no Centro de Internamento e Reeduca��o (CIR), onde o ex-ministro est� preso. O outro local, de acordo com a defesa, � o Pal�cio do Planalto. Para justificar afirma��o sobre as localiza��es, o advogado anexou um laudo de um engenheiro agr�nomo.
"O mais grave � que um dos pontos f�sicos estabelecidos no pedido de quebra de sigilo, ao que indicam as coordenadas fornecidas pelo MPDFT, corresponde ao Pal�cio do Planalto, conforme informa��es quem seguem em anexo", disse a defesa.
Na mesma peti��o, a defesa de Dirceu refirmou que o ex-ministro n�o falou ao celular e pediu que a autoriza��o de trabalho externo seja concedida. Tamb�m foram anexadas as contas de celular de James Correia, secret�rio da Ind�stria, Com�rcio e Minera��o da Bahia, suspeito de ter conversado com Dirceu.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada no dia 17 de janeiro, Dirceu conversou por telefone celular com Correia. De acordo com a mat�ria, a conversa se deu por interm�dio de uma terceira pessoa que visitou Dirceu. Na ocasi�o, a defesa do ex-ministro negou que a conversa tenha ocorrido, mas a Secretaria de Seguran�a P�blica do Distrito Federal abriu processo administrativo para investigar o caso.
Dirceu recebeu proposta para trabalhar no escrit�rio do advogado Jos� Gerardo Grossi, em Bras�lia, atuando na pesquisa de jurisprud�ncia de processos e ajudando na parte administrativa. A jornada de trabalho � das 8h �s 18h, com uma hora de almo�o. O sal�rio � R$ 2,1 mil.