Em depoimento ao Senado, a presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, afirmou que a Astra, de quem a estatal brasileira comprou a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pagou mais do que os alegados US$ 42,5 milh�es. A executiva declarou que a Astra investiu US$ 112 milh�es antes de a Petrobras comprar Pasadena. "A Astra pagou no m�nimo US$ 360 milh�es por Pasadena".
Na primeira parte do depoimento, Gra�a esclareceu que duas grandes consultorias apontaram oportunidades de a Petrobras operar no Golfo do M�xico. Em fevereiro de 2005, segundo ela, a companhia recebeu correspond�ncia da Astra propondo parceria.
Houve ressalvas, como � normal que as consultorias fa�am, reiterou a presidente da Petrobras, lembrando que o Citigroup entregou manifesta��o sobre avalia��o financeira. "� preciso lembrar que est�vamos �s v�speras da crise mundial, que surpreendeu", disse. "O ativo precisa ser comparado com pares, com contexto do ambiente de neg�cios."
Em 2007 e 2008 a Petrobras seguiu desenvolvendo o projeto de reforma de Pasadena e em outubro de 2008, destacou ela, a estatal assumiu a integralidade das opera��es e recorreu � Justi�a contra a parceira belga Astra Oil.
O painel arbitral deu conclus�o sobre Pasadena em abril de 2009, mas ambas questionaram. "Pagamos US$ 554 milh�es por 100% de Pasadena. Pela trading (comercializadora) foram pagos US$ 341 milh�es. "O maior valor pago pela Petrobras foi o conhecimento que a Astra (trading) tinha na regi�o".
Resultado positivo
Gra�as Foster contou aos senadores que atualmente a refinaria de Pasadena opera com seguran�a e no primeiro trimestre de 2014 j� deu resultado positivo. Durante a exposi��o inicial em audi�ncia p�blica a duas comiss�es do Senado, ela disse que a estatal j� reconheceu perdas com a refinaria da ordem de US$ 530 milh�es.