A presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, esquivou-se hoje de se posicionar sobre uma eventual abertura da CPI para investigar assuntos que envolvem a estatal. "N�o vou me posicionar sobre a CPI. N�o tenho conhecimento t�cnico sobre ela", disse em audi�ncia p�blica a duas comiss�es do Senado.
Gra�a Foster tamb�m admitiu que deveria conhecer o Comit� de Propriet�rios de Pasadena, mas n�o conhecia. Recentemente, ela deu uma entrevista ao jornal O Globo ao descobrir, quando assumiu a estatal, a exist�ncia do colegiado, que n�o respondia � diretoria da estatal e tinha como representante o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Pol�cia Federal na opera��o Lava Jato. Segundo ela, tudo indica que o comit� se reuniu uma ou no m�ximo duas vezes, sem ela saber.
A presidente afirmou que a estatal j� investiu US$ 685 milh�es na refinaria de Pasadena - al�m dos total de US$ 1,25 bilh�o pago pela unidade na cidade do Texas, nos Estados Unidos. "Fizemos investimentos ao longo dos anos para que ela performace bem hoje", afirmou. Segundo Gra�a, o investimento (capex) m�dio da estatal em cada uma das suas refinarias � de US$ 314 milh�es.
Segundo a executiva, Pasadena produz atualmente 100 mil barris de petr�leo por dia. Ela tamb�m disse que a unidade norte-americana comprada gerou lucro no primeiro trimestre deste ano.
Gra�a Foster afirmou ainda que h� compradores interessados na refinaria. Mas a op��o da empresa � n�o vender agora. "Temos propostas da venda para Pasadena, melhores do que as que foram colocadas h� meses atr�s", disse. "Entendemos que num ano que temos uma pauta cheia de Pasadena em TCU, CGU, n�o seria uma boa decis�o um desinvestimento", comentou.
"A decis�o da diretoria � que Pasadena est� fora do pacote de desinvestimento", destacou.
Perdas
A executiva disse ainda que os produtores de etanol n�o acompanharam a evolu��o do mercado de combust�veis, o que explicaria as perdas registradas pelo setor. "Houve uma perda de competitividade do etanol", afirmou. "Faltou ao setor sucroalcooleiro acompanhar mercado de combust�veis", disse.
A executiva tamb�m afirmou que Petrobras tem segurado suas margens de faturamento para n�o repassar totalmente a volatilidade do mercado de combust�veis para o pre�o da gasolina. "Uma empresa que tem 100% do mercado n�o pode passar a volatilidade para a bomba", afirmou. Gra�a, contudo, afirmou que a empresa precisa recuperar margens.
Ela destacou o crescimento de 3% no mercado de derivados em 2013 e afirmou que a estatal ir� retomar a produ��o nos pr�ximos meses. "� uma quest�o de tempo", afirmou.
Gra�a afirmou que grandes petroleiras do mundo perderam volume de produ��o nos �ltimos anos. "Na m�dia, todas perderam 16% da produ��o de petr�leo. E a Petrobras cresceu 7%", disse.
Durante a exposi��o em audi�ncia p�blica a duas comiss�es do Senado, ela disse que de 2002 a 2013 a produ��o da estatal cresceu 34%. "Temos rela��o reserva/produ��o de 20 anos, acima da m�dia de outras petroleiras", disse. Segundo a executiva, outras empresas possuem uma rela��o de reserva/produ��o em torno de 12 ou 14 anos.
Gra�a afirmou ainda que "pelo 22º ano, temos descoberto mais do que produzido". "Isso traz seguran�a energ�tica para o Brasil e rentabilidade para a companhia", afirmou.
A executiva destacou ainda que todos operadores da ind�stria de petr�leo e g�s t�m grande problema de custos elevados e disse que a Petrobras investiu US% 91 bilh�es nos �ltimos dois anos. "Nossa produ��o � crescente e vamos alcan�ar 4,2 milh�es de barris em 2020", destacou. (Colaborou Carla Ara�jo)