Diante da perspectiva de perderem o seu bem mais precioso, o tempo de TV, em raz�o das novas regras impostas pela minirreforma eleitoral aprovada pelo Congresso em outubro do ano passado, os partidos “nanicos” prometem reagir nos tribunais. “N�s vamos entrar com uma A��o Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) no Supremo Tribunal Federal (STF). Defenderemos o direito adquirido”, afirma Levy Fidelix, presidente do PRTB e pr�-candidato � Presid�ncia.
� justamente a� que reside a preocupa��o dos “marineiros”. Para os aliados da ex-ministra do Meio Ambiente, que disputar� a elei��o como vice de Eduardo Campos pelo PSB, mas ainda mant�m o projeto de criar um partido pr�prio, a minirreforma foi feita sob medida para prejudicar a Rede.
“Isso vai impactar profundamente o processo de cria��o do partido. Essa foi uma a��o feita para nos prejudicar”, diz o ex-deputado Walter Feldman, um dos principais operadores pol�ticos do grupo da ex-ministra Marina Silva.
Feldman revela que a Rede tamb�m pretende entrar com uma ADIN, mas com outra linha de argumenta��o. “Vamos pedir isonomia em rela��o a outros partidos criados recentemente, como o Solidariedade e o PSD. Eles foram beneficiados, mas n�s recebemos um tratamento diferente”, diz. “A Rede foi a �nica v�tima da minirreforma”, completa.
Desest�mulo
A avalia��o dos aliados de Marina Silva � que essa mudan�a impediria a migra��o para a Rede de parlamentares eleitos por outras siglas. Com isso, os novos partidos teriam car�ter apenas doutrin�rio e ficariam praticamente alijados das pr�ximas disputas eleitorais.
Outro partido que pretende se insurgir contra a mudan�a � o PSOL. O argumento nesse caso � que a minirreforma foi feita para impedir os partidos de aluguel, mas vai acabar por prejudicar os chamados “partidos ideol�gicos”.
“Essa mudan�a revolta pelo casu�smo. Vamos tentar reverter isso e mobilizar outros partidos”, diz Lu�s Ara�jo, presidente nacional do PSOL. Assim como o PRTB e a Rede, ele diz que a legenda tamb�m recorrer� � Justi�a.