Genebra e Bras�lia - O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato prestou depoimento � Justi�a Italiana sobre suposto envolvimento com o italiano Valter Lavitola, conhecido como operador do ex-premi� italiano Silvio Berlusconi. Investiga��es conduzidas pela Justi�a italiana apontam que Henrique Pizzolato mantinha uma "rela��o estreita" com Lavitola, que j� morou no Brasil e hoje est� preso nas proximidades de N�poles. Os ind�cios apontam para a exist�ncia de "neg�cios conjuntos" que envolveria interesses de empresas de telecomunica��es italianas no Brasil.
Fontes da Interpol revelaram ao Estado que as conex�es entre Pizzolato e Lavitola apareceram depois da pris�o do brasileiro em fevereiro. O condenado no mensal�o foi interrogado no fim do m�s passado, quando ele j� estava preso, aguardando o processo de extradi��o para o Brasil. Autoridades brasileiras foram informadas sobre o depoimento.
Mas a Justi�a italiana indicou � reportagem que a apura��o est� "apenas come�ando" e que Pizzolato deve ser ouvido novamente nos pr�ximos dias. Integrantes da Interpol n�o precisaram se Pizzolato foi ouvido como testemunha ou indiciado.
Acusa��o
Lavitola foi acusado pela Justi�a italiana de ter facilitado uma s�rie de esquemas financeiros comprometendo Berlusconi, que acaba de ser condenado a trabalhos sociais por causa dos processos nos tribunais. O italiano fugiu para o Panam�, depois de ser indiciado em 2011. Mas se entregou em 2012 e retornou a Roma.
Ex-editor do jornal Avanti, Valter Lavitola � acusado de ter pago US$ 24 milh�es em propinas �s autoridades do Panam� para que o governo centro-americano fechasse um acordo para a compra de radares e outros equipamentos militares da gigante industrial italiana Finmeccanica.
Lavitola tamb�m foi acusado de extors�o contra Berlusconi, supostamente exigindo 5 milh�es por seu sil�ncio em rela��o �s atividades do ex-primeiro-ministro italiano.
O suspeito tamb�m � apontado pela Justi�a italiana como frequente h�spede da Vila Certosa, a casa de ver�o de Berlusconi onde festas pol�micas - conhecidas como "bunga-bunga" - eram organizadas.
O italiano era ainda s�cio do empres�rio da cidade de Bari Giampaolo Tarantini, que admitiu perante os ju�zes ter contratado prostitutas de luxo para as festas de Berlusconi. Desde a quinta-feira passada, o Estado tenta contato com os advogados de Pizzolato na It�lia, mas n�o houve resposta aos pedidos. A reportagem tamb�m n�o conseguiu nos �ltimos dias contato com advogados de Lavitola.