
Gra�a Foster era esperada ontem pelos deputados, mas n�o p�de comparecer devido a incompatibilidade de agenda. Na semana passada, em audi�ncia no Senado, ela afirmou que o empreendimento em Pasadena “n�o foi um bom neg�cio”. Para o l�der do DEM na C�mara, Mendon�a Filho (PE), h� uma guerra de vers�es em rela��o � compra da refinaria, que precisa ser esclarecida. “A aquisi��o est� envolta em uma n�voa de suspeitas”, enfatizou.
J� o vice-l�der do governo na Casa, Jos� Guimar�es (PT-CE), disse que o Planalto n�o teme esclarecimentos de ministros e de autoridades ligadas � Petrobras. “Estamos construindo uma agenda positiva, porque � nosso interesse esclarecer tudo. N�o temos que temer o debate, temos � que sair do clich� do mata-mata entre governo e oposi��o. Todas as vezes que os ministros vieram aqui, eles deram show.”
Os requerimentos para convidar Gabrielli foram aprovados em tr�s comiss�es da C�mara – de Desenvolvimento Econ�mico, Ind�stria e Com�rcio, de Fiscaliza��o Financeira e Controle e de Rela��es Exteriores –, mas haver� somente uma audi�ncia, realizada conjuntamente pelos colegiados, em data ainda n�o marcada. A interlocutores, ele disse que n�o tem "por que n�o ir ", o que causa preocupa��o no Planalto. Sua inten��o � defender mais uma vez o neg�cio que virou motivo de batalha entre governo e oposi��o.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no fim de semana, Gabrielli disse que Dilma "n�o pode fugir da responsabilidade" sobre o caso Pasadena. O Pal�cio do Planalto reagiu ontem. Sob orienta��o da presidente, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, reiterou que ela s� aprovou a transa��o na �poca porque n�o foi informada das cl�usulas contratuais que mais tarde causaram perdas � Petrobras.
Esta ser� a segunda vez que Gabrielli vai � C�mara para falar sobre Pasadena. No in�cio do m�s, ele participou de uma reuni�o fechada com deputados do PT. Na ocasi�o, ele apresentou o detalhamento sobre o neg�cio e afirmou que a compra foi correta na �poca.
O ex-diretor da estatal Nestor Cerver� tamb�m esteve na C�mara recentemente. Na semana passada, ele participou de uma audi�ncia p�blica em que defendeu a compra da refinaria e disse que as cl�usulas omitidas no resumo para sua aquisi��o, em 2006, n�o eram importantes, rebatendo declara��o da presidente Dilma Rousseff de que o parecer era "falho" por causa dessa omiss�o.
Ler�ia suspenso por 90 dias
O plen�rio da C�mara aprovou, por 353 votos a 26, o parecer do Conselho de �tica e Decoro Parlamentar que recomenda a suspens�o, por 90 dias, do mandato do deputado Carlos Alberto Ler�ia (PSDB-GO). O parlamentar foi condenado pelo conselho em setembro de 2013, devido �s rela��es com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado pela Pol�cia Federal. Lereia vai ficar fora por 130 dias, pois ele pediu para emendar a suspens�o com uma licen�a de 40 dias.