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Estado de Minas

Pr�-candidatos � presid�ncia j� come�am a montar equipes econ�micas

Diante do cen�rio de infla��o e crescimento fraco, mercado financeiro tenta decifrar passos do novo governo a partir de 2015


postado em 25/04/2014 06:00 / atualizado em 25/04/2014 07:18

Alexandre Tombini, Armínio Fraga e Pérsio Arida: nomes fortes nas mesas de Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos para assumir o comando do Ministério da Fazenda (foto: Ueslei Marcelino/Reuters - 11/12/12)
Alexandre Tombini, Arm�nio Fraga e P�rsio Arida: nomes fortes nas mesas de Dilma Rousseff, A�cio Neves e Eduardo Campos para assumir o comando do Minist�rio da Fazenda (foto: Ueslei Marcelino/Reuters - 11/12/12)

Bras�lia –
Com a infla��o em disparada, o crescimento fraco e uma onda de desconfian�a tomando conta de consumidores e empres�rios, � cada vez maior o agito nos mercados financeiros para tentar decifrar o que o pr�ximo governo far� a partir de 2015 para p�r ordem na economia. Ciente da m� vontade dos investidores com a presidente Dilma Rousseff, que tentar� a reelei��o, o partido dela, o PT, indicou que o atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, ser� o ministro da Fazenda em um eventual segundo mandato da petista. Sinalizou ainda que, em caso de piora das condi��es econ�micas do pa�s, Tombini substituir� Guido Mantega na pasta neste ano.

O temor do partido � de que se consolide entre os eleitores o discurso dos mercados de que o atual governo n�o est� fazendo nada para controlar a infla��o. A carestia � apontada, nas pesquisas de inten��o de votos, como o principal motivo para a queda de popularidade da presidente. Para os integrantes da campanha � reelei��o, Tombini tem uma imagem melhor do que a de Mantega para difundir o discurso, como chefe da equipe econ�mica, de que o custo de vida vai diminuir.

O movimento petista � um contraponto �s a��es desencadeadas pelos dois principais candidatos da oposi��o, A�cio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que v�m batendo pesado no governo e, sobretudo, defendendo temas que os investidores apoiam de forma veemente: maior controle dos gastos p�blicos e independ�ncia do BC para enfrentar a infla��o. No Pal�cio do Planalto, inclusive, admite-se que os candidatos oposicionistas est�o se cercando de economistas que t�m grande aceita��o nos mercados, o que contribui para ampliar as cr�ticas contra a gest�o atual da pol�tica econ�mica.

“Infelizmente, quando se compara o n�vel da equipe econ�mica de Dilma com as que est�o ao lado de A�cio e Campos, � vis�vel que estamos em desvantagem”, avaliou um senador petista. “Mas ainda d� tempo para revertermos a desvantagem. Basta que o governo adote um discurso mais consistente de que est� fazendo tudo para derrubar a infla��o e retomar o crescimento econ�mico”, acrescentou.

AUTONOMIA TOTAL
O bra�o direito de A�cio para a �rea econ�mica � Arm�nio Fraga, que presidiu o BC durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em caso de vit�ria do candidato tucano � Presid�ncia da Rep�blica, Fraga ser� o ministro da Fazenda, com autonomia total para nomear um comandante para o Banco Central de sua extrema confian�a. Para o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, o economista � uma experi�ncia testada. “Precisaremos de um choque de credibilidade, de uma recupera��o do manejo correto do instrumental de pol�tica econ�mica. S�o necess�rias reformas estruturais para que a economia brasileira supere os limites para o seu crescimento”, afirmou.

O l�der da minoria, deputado Domingos S�vio (PSDB), disse que Fraga tem muita credibilidade e fez uma gest�o s�ria no BC. “� uma figura respeitada de forma suprapartid�ria, um t�cnico que re�ne as condi��es mais plenas”, refor�ou. Outros nomes cotados para compor a equipe de A�cio s�o os economistas Edmar Bacha e Gustavo Franco, pe�as fundamentais na elabora��o do Plano Real. Eles foram, respectivamente, presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e do Banco Central. Na lista de poss�veis nomes para a �rea econ�mica, Pestana cita ainda Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), e Jos� Roberto Afonso, pesquisador da Funda��o Getulio Vargas (FGV).

NOMES DE PESO Apesar da ansiedade dos mercados, Eduardo Campos tem sido comedido nos sinais emitidos aos investidores sobre a equipe econ�mica de seu eventual governo, em caso de vit�ria em outubro pr�ximo. O candidato do PSB acha que este n�o � momento de sinalizar os escolhidos, pois tem conversado com v�rios nomes de peso. Um de seus interlocutores ass�duos � o economista P�rsio Arida, ex-presidente do BC e um dos pais do Plano Real. Eles mantiveram dois encontros privados recentes no Rio. Trata-se de algu�m que, em tese, poderia ser titular da Fazenda ou do BC. Alternativamente, poderia manter-se como conselheiro informal do Planalto.

A lista de pessoas que j� trocaram palavras com Campos sobre a conjuntura do pa�s � longa, e inclui Andr� Lara Resende, ex-presidente do BNDES e tamb�m um dos pais do Real. O economista tem como b�nus a afinidade com a vice na chapa do candidato do PSB, Marina Silva. Ele foi um dos maiores fiadores dela nas elei��es de 2010 e � muito pr�ximo de Arida. Ambos t�m curr�culo de sobra, entrosamento e complementaridade. Se um for ministro da Fazenda, o outro pode ser presidente do BC, por exemplo.

Campos tamb�m mant�m frequentes contatos com os economistas pernambucanos T�nia Bacelar, Leonardo Guimar�es e Tiago Cavalcanti, que poderiam vir a ocupar cargos no segundo escal�o.


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