A Petrobras publicou em seu site uma lista de esclarecimentos sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, refor�ando o discurso da atual presidente, Gra�a Foster, sobre o neg�cio realizado em 2006. � o primeiro posicionamento oficial compilado da empresa desde que as den�ncias de irregularidades na aquisi��o da refinaria voltaram � tona, em mar�o, com a revela��o de que a presidente Dilma Rousseff deu aval � compra em reuni�o do Conselho de Administra��o da Petrobr�s.
Na vers�o da empresa, na �poca da compra, "o neg�cio era muito vantajoso para a Petrobras", mas que em decorr�ncia de altera��es no cen�rio internacional de petr�leo, transformou-se em um "empreendimento de baixo retorno." Segundo o documento, na reuni�o de Conselho em que foi discutida a compra da refinaria n�o constavam informa��es sobre as cl�usulas de Marlim e Put Option, que trariam preju�zos � Petrobras.
A empresa nega que a Astra Oil tenha pago apenas US$ 42,5 milh�es pela refinaria, um ano antes do neg�cio com a Petrobras. "An�lises da Petrobras indicam que a Astra desembolsou pelo conjunto de Pasadena aproximadamente US$ 360 milh�es. Deste valor, US$ 248 milh�es foram pagos � propriet�ria anterior (Crown) e US$ 112 milh�es correspondem a investimentos realizados antes da venda � Petrobras", diz o comunicado. Nos balan�os das empresas controladoras da Astra Oil na B�lgica, constam o valor de US$ 42,5 milh�es pela compra de Pasadena, em 2005.
A empresa esclareceu ainda que foi obrigada a comprar toda a refinaria ap�s desentendimentos entre as s�cias quanto � necessidade de novos investimentos na planta da refino. No total, a Petrobras teria pago US$ 895 milh�es pela compra da refinaria e da empresa de trading (comercializadora de petr�leo e derivados) da s�cia belga Astra Oil. Al�m dos recursos, foram desembolsados tamb�m US$ 354 milh�es em juros, empr�stimos e despesas legais do acordo judicial com a s�cia, totalizando US$ 1,249 bilh�o.
A nota apresenta dez quest�es e respostas sobre o tema de Pasadena em que a petroleira esclarece os valores da negocia��o, que "n�o envolvia apenas a compra da refinaria, mas sim um neg�cio bem mais amplo e diversificado", segundo o comunicado. O neg�cio compreenderia tamb�m os estoques de �leo, �reas de armazenamento e o "conhecimentos sobre o mercado e demais compet�ncias para operar no mercado norte-americano". Segundo o documento, a refinaria est� atualmente "em plena atividade" e com "resultado positivo" este ano. A Petrobras afirma ainda que j� recebeu propostas para venda da refinaria, mas que optou por esperar a conclus�o das investiga��es sobre o caso.