
Mal a executiva do PMDB decidiu que vai apoiar o PT nas elei��es para o governo de Minas Gerais e o partido j� tem um novo problema: convencer os 120 prefeitos peemedebistas do interior a fazerem campanha para o candidato petista ao Pal�cio da Liberdade, o ex-ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior Fernando Pimentel. A dificuldade, colocada claramente pelas lideran�as na reuni�o dessa segunda-feira, � que v�rios deles j� est�o participando da pr�-campanha do advers�rio nas urnas, o ex-ministro das Comunica��es Pimenta da Veiga (PSDB). Para completar o racha, nem mesmo a ades�o do senador Cl�sio Andrade (PMDB), que desistiu na semana passada de concorrer ao governo, est� garantida.
Na primeira reuni�o depois da retirada da candidatura pr�pria do PMDB, os integrantes da executiva aprovaram uma mo��o de aplauso ao ausente Cl�sio pela atitude tomada depois de a maioria dos dirigentes anunciar a alian�a com o PT. O ex-governador Newton Cardoso disse que a inten��o era ter candidatura pr�pria, mas o nome colocado n�o subiu nas pesquisas. Diante do novo rumo, ele pediu que o partido convoque uma reuni�o com os prefeitos para pedir fidelidade e, se preciso, aplique puni��o. “Na vez passada, foi uma trai��o total ao H�lio Costa (candidato derrotado pelo ex-governador Antonio Anastasia, do PSDB).
O ex-presidente do PMDB deputado federal Saraiva Felipe refor�ou a preocupa��o e pediu um trabalho pr�-ativo com os prefeitos. De acordo com ele, at� em cidades grandes tem peemedebista na caravana de Pimenta da Veiga. “Mais do que uma declara��o de efeito, tem que ser discutida com a executiva uma puni��o, porque essa situa��o n�o � exce��o, ela � maioria”, relatou. Saraiva atribuiu a situa��o � forma em que se deu a defini��o da alian�a com o PT. “Foi tomada uma decis�o sem uma discuss�o pr�via, ent�o essa discuss�o agora precisa ser feita”, afirmou.
O presidente do PMDB, deputado federal Ant�nio Andrade, negou a falta de di�logo e citou o fato de as reuni�es da legenda serem abertas, mas confirmou a dificuldade em rela��o aos prefeitos. Ele culpou a m�quina governamental pelo aliciamento dos prefeitos. “Os prefeitos querem apoiar os candidatos do PMDB, as diretrizes do PMDB, mas s�o pressionados pelo governo do estado a ficarem do lado oposto. Queremos mostrar para eles que este per�odo � curto e mais importante do que esse per�odo, do que R$ 50 mil, R$ 100 mil ou R$ 1 milh�o, � a participa��o em um governo que vai fazer a mudan�a de Minas Gerais”, argumentou.
Posi��o Enquanto ocorria a reuni�o na sede do PMDB, o senador Cl�sio Andrade divulgava nota mostrando que, apesar de ter retirado seu nome da disputa, n�o ser� t�o f�cil assim acabar com a divis�o interna do partido. No texto, ele disse que acatou a decis�o do PMDB de n�o ter candidato a governador “em respeito aos amigos deputados estaduais e federais, que precisam de coliga��o para se reeleger”, mas “se reserva o direito de decidir mais � frente sua posi��o com rela��o �s candidaturas para governador e senador”. Cl�sio foi vice-governador na primeira gest�o do senador A�cio Neves � frente do Pal�cio da Liberdade e foi do tucano a indica��o que levou sua esposa Adriene Andrade a ser conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
Sobre a nota de Cl�sio, o presidente Ant�nio Andrade disse que o partido vai caminhar com o PT e ele � senador pelo PMDB. “Entendemos que � um compromisso de cada membro do PMDB de fazer o melhor para o partido, que � ganhar as elei��es ao governo de Minas Gerais”, afirmou. Questionado sobre poss�veis puni��es, Andrade disse que a legenda prefere trabalhar com o convencimento.