Bras�lia - A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, considerou nesta quarta-feira que as perdas com a compra da refinaria de Pasadena, EUA, podem ser revistas "total" ou apenas "parcialmente", em audi�ncia na C�mara dos Deputados. "As perdas podem ser revistas total ou parcialmente. At� 2008, o neg�cio de Pasadena era potencialmente bom. P�s 2008, o neg�cio passa a ser de baixo retorno. As margens foram reduzidas
e o mercado caiu, al�m disso n�o fizemos Revamp (moderniza��o). O mercado tamb�m passou a comprar menos", afirmou. Segundo a presidente da estatal, antes de 2008 havia lucro l�quido principalmente por conta da produ��o do �leo leve.Gra�a Foster informou tamb�m que entre 2006 e 2013 foram investidos na refinaria US$ 685 milh�es em cima do valor da aquisi��o. E comparou os valores aplicados em Pasadena com o que � feito nas refinarias do Pa�s: "Pagar US$ 86 milh�es por ano em investimentos em Pasadena n�o � muito diferente aqui no Brasil."
Em parte da explana��o, ela tamb�m ressaltou que desde o final de 2012 a estatal vem atendendo aos pedidos de �rg�os de fiscaliza��o para esclarecer a compra da refinaria de Pasadena. "Estamos desde novembro de 2012 atendendo a �rg�os de controle e requerimentos de informa��o. Temos um grupo dedicado a Pasadena para prover (informa��es) a todos os que questionam", afirmou.
Resultados
Ap�s quase 40 minutos explicando a compra da refinaria de Pasadena, Gra�a apresentou aos membros da Comiss�o de Fiscaliza��o Financeira e Controle da C�mara dados sobre o desempenho da empresa.
De acordo com Gra�a, a Petrobras viu um crescimento de 41% na produ��o da �rea do pr�-sal, classificada por ela como "uma realidade". As reservas provadas, segundo a presidente, saltaram 27%, entre 2003 e 2013. "Temos volume potencialmente recuper�vel hoje de 27,4 bilh�es de barris de �leo equivalentes", afirmou.
Ela tamb�m destacou que a entrega de g�s natural cresceu 174% entre 2003 e 2014. "� um valor expressivo", resumiu. Sobre a produ��o de derivado, ela disse que a empresa produziu mais de 500 mil barris de petr�leo por dia em refino com o mesmo n�mero de refinarias, "um excepcional trabalho da equipe t�cnica da Petrobras". Al�m do mais, ela disse que a estatal tem praticamente 100% do mercado da venda de derivados no Brasil.
Por �ltimo, Gra�a comparou os resultados da estatal brasileira com a de outras petroleira estrangeiras. O mercado da Petrobras cresceu 3% no �ltimo ano. "O lucro l�quido da Petrobras entre 2012 e 2013 cresceu 11% em reais, enquanto que em d�lares cresceu 11%". A Exxon, segundo Gra�a, teve queda no lucro l�quido de 27%, enquanto que a Chevron teve perda de lucro l�quido de 18%. "O lucro dessas empresas caiu pelas raz�es que nos impactam tamb�m. Custos e queda da produ��o bastante expressiva dessas empresas".
Ainda segundo Gra�a, a Petrobras foi a empresa que mais investiu nos �ltimos dois anos, chegando a um total de US$ 91 bilh�es. A Exxon, por sua vez, aportou US$ 82 bilh�es, de acordo com a presidente da companhia.
Gra�a tamb�m afirmou que a Petrobras tem hoje uma d�vida bruta de R$ 268 bilh�es, mas que essa d�vida tem por objetivo fazer a empresa "crescer". "� d�vida para produzir o que vamos estar produzindo. No plano de neg�cios e gest�o n�o temos mais crescimento da d�vida, porque a nossa produ��o de petr�leo aumentou".
Ela previu ainda que em 2015 a empresa brasileira ter� fluxo de caixa positivo, gerando mais receita do que o investimento aplicado. E que 15 bancos acompanham a Petrobras, sendo que cinco dizem ao mercado para comprar a��es da estatal e 10 falam para manter as a��es. "Eles est�o vendo a produ��o crescer e sabem da import�ncia da converg�ncia de pre�os".
Com Ag�ncia Estado