
A grande fragilidade do governo Dilma em suas rela��es com os aliados � que o pactuado nem sempre � cumprido. A ex-ministra das Rela��es Institucionais, atual ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti (PT), era criticada e considerada “fraca”. Mas, na verdade, pagava tamb�m por um crime que n�o cometia. Nesse particular, dois fatores contribu�am. Um era a pr�pria Dilma, muito avessa � “negocia��o”, t�o necess�ria nas rela��es entre Executivo e Legislativo. Para agravar as consequ�ncias dessa caracter�stica da presidente vieram os cortes or�ament�rios dos tempos de vacas magras.
Na base da CPI da Petrobras, al�m da oposi��o, que aproveita o momento para atrair aliados do Planalto mais reticentes, est� o descontentamento dos partidos da base governista com a n�o libera��o das emendas parlamentares do Or�amento da Uni�o pendentes do ano passado. Este � um ano eleitoral e n�o h�, nas Casas, parlamentares com voca��o para o altru�smo.
Berzoini vem para tentar reeditar a alian�a que venceu em 2010. Mas o seu poder nas negocia��es como representante do Executivo � reduzido pelos mesmos fatores adversos encontrados por Ideli Salvatti. Por outro lado, o ministro chega respaldado por aquele que, em caso de uma agonia no quadro de sa�de pol�tica do governo Dilma, poder� ser o substituto da presidente. Esse � seu maior trunfo... Mas o novo ministro nega essa possibilidade. Sabe que, por ora, a candidata � Dilma. Caso a equa��o se altere.