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Estado de Minas

Empresariado v� Marina como entrave para Campos


postado em 04/05/2014 08:31 / atualizado em 04/05/2014 10:29

Una (BA), 04 - O fato de ser filiado a um partido de bandeira "socialista" e de at� pouco tempo ter integrado a base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) n�o se mostrou obst�culo t�o grande para a aproxima��o do ex-governador e pr�-candidato � Presid�ncia Eduardo Campos (PSB) com os empres�rios quanto sua alian�a com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, sua pr�-candidata a vice.

Essa � a percep��o de parte dos 320 empres�rios que participou do 13º F�rum de Comandatuba, na Bahia. O encontro reuniu nomes com Ab�lio Diniz, da BR Foods, Luiza Trajano, do Magazine Luiza, e Andr� Esteves, do BTG Pactual, e serviu como palanque da oposi��o.

Diante da aus�ncia in�dita de ministros de Dilma, Eduardo Campos e o senador A�cio Neves, pr�-candidato do PSDB ao Pal�cio do Planalto, encontraram campo livre para cortejar o PIB. Depois de um debate de cinco horas em que a dupla respondeu lado a lado, pela primeira vez, perguntas do p�blico e de jornalistas, o tucano saiu ovacionado pela plateia. J� o ex-governador de Pernambuco, que esteve o tempo todo acompanhado de Marina, teve uma recep��o bem menos calorosa.

"A�cio foi mais assertivo nas propostas. A sensa��o do empresariado � de que ele est� mais livre para desenvolver suas plataformas de governo. Campos est� um pouco inibido", disse o empres�rio Jo�o Doria, presidente do Lide (Grupo de L�deres Empresariais), entidade que organiza o f�rum. "Com Marina, ele toma muito cuidado no trato de certo temas para n�o feri-la ou contrari�-la."

A�cio tem adotado um discurso mais ortodoxo na economia e defendido o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo, algo que n�o havia sido feito ainda pelos candidatos do PSDB desde que o partido deixou o comando do Pa�s, em 2002.

Preferido


A opini�o vocalizada por Doria foi repetida de forma reservada por v�rios outros empres�rios ouvidos pelo Estado. Com o "isolamento" de Dilma do empresariado, A�cio tornou-se o pr�-candidato com mais desenvoltura no setor.

Em recentes reuni�es do Lide com 200 empres�rios, a FGV fez enquetes sobre a prefer�ncia eleitoral dos presentes. O tucano anotou mais de 50% dos "votos". Campos foi segundo e Dilma, l�der absoluta nas pesquisas nacionais, foi a terceira.

Um parlamentar pernambucano pr�ximo a Campos diz que o desempenho dele em reuni�es com empres�rios � "muito melhor" quando n�o est� acompanhado de Marina. Segundo o aliado, Campos vive sempre "pisando em ovos" para n�o melindrar Marina e seu grupo pol�tico, a Rede Sustentabilidade.

Um empres�rio do ramo de alimentos exemplifica a dificuldade do ex-governador ao falar sobre o trecho do discurso dele no f�rum que abordou a crise no setor do etanol. "Em vez de criticar o descaso de Dilma com o setor sucroalcooleiro e defender a redu��o do pre�o do etanol, ele ficou falando sobre a import�ncia de existir um selo ambiental para o combust�vel."

Um empres�rio do setor financeiro refor�a a cr�tica ao dizer que Marina "foi obrigada a levar o tema ambiental ao topo do discurso", o que pode ser um "bom verniz", mas n�o seduz na pr�tica o setor produtivo.

Durante o debate de sexta-feira, a presen�a de Marina tamb�m inibiu, segundo aliados, o "entusiasmo" de Campos em rela��o � dobradinha com A�cio na oposi��o para garantir um 2º turno. "O Eduardo citou o A�cio uma ou duas vezes em suas falas, j� o A�cio falou do Campos o tempo todo, do come�o ao fim do evento", reparou o ambientalista M�rio Mantovani, diretor executivo da ONG SOS Mata Atl�ntica. Apesar de ser ambientalista e amigo pessoal de Marina, ele reconhece: "A�cio foi melhor. Ele deixou o p�blico mais encorajado".

Muita gente na plateia percebeu que Marina fazia "cara feia" quando o tucano exaltava a boa rela��o com o ex-governador. Ao fim do debate de anteontem, a ex-ministra fez quest�o de ressaltar as "diverg�ncias" profundas entre Campos e A�cio. Para ela, o tucano n�o reconhece o avan�o social do governo Luiz In�cio Lula da Silva, de quem tanto ela quanto Campos foram auxiliares diretos no primeiro mandato.


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