
Campos descartou, por�m, qualquer pacto com os tucanos para apoiar a candidatura de Pimenta em troca do apoio ao candidato socialista ao governo de Pernambuco. Mas avaliou que caber� � conven��o do PSB de Minas definir se lan�ar� ou n�o candidatura pr�pria. “N�s n�o temos pacto firmado em canto nenhum. Temos partidos que t�m rela��es em v�rios estados, de disputas e alian�as. E respeitamos essa situa��o. No Recife, disputamos uma elei��o com PT de um lado e PSDB de outro. Temos um pa�s com 27 estados e cada um com realidade pr�pria. Vamos respeitar a din�mica de cada estado”, afirmou.
Di�logo
Ontem, o ex-governador de Pernambuco voltou a ressaltar que as diferen�as entre suas posi��es pol�ticas e as do pr�-candidato do PSDB A�cio Neves ficar�o cada vez mais claras com a aproxima��o das elei��es. Campos afirmou que, durante sua trajet�ria e a do tucano, eles estiveram por v�rias vezes em campos opostos, mas que isso n�o impediu que mantivessem um bom di�logo at� mesmo sobre pontos divergentes. O socialista recebeu ontem na C�mara Municipal o t�tulo de cidad�o honor�rio de Belo Horizonte, participou de evento com empres�rios e pol�ticos mineiros na parte da tarde e tamb�m recebeu o t�tulo de cidad�o honor�rio de Contagem.
O socialista manteve o tom de cr�ticas � presidente Dilma Rousseff (PT) nos eventos que participou na capital mineira, alertando para os problemas na economia e o fisiologismo partid�rio que, segundo ele, voltou a ganhar for�a durante o atual governo. “O pa�s deseja mudan�as que preservem as conquistas de ontem e pensem nas conquistas de amanh�. Perdemos o rumo dessas conquistas quando temos o retorno da infla��o, quando continuamos com um baixo crescimento por tr�s anos e quando percebemos que a redu��o da desigualdade social estancou nos �ltimos anos”, criticou Campos.
Respeito
Ap�s almo�o com empres�rios em S�o Paulo, ontem, A�cio Neves procurou amenizar as falas de Campos e ressaltou as converg�ncias no discurso de combate � corrup��o e o aparelhamento do estado. “Se f�ssemos iguais, estar�amos no mesmo partido, defendendo a mesma candidatura. Nessas converg�ncias n�s possivelmente nos encontraremos, mas � at� bom que o debate ocorra. Da minha parte haver� sempre respeito a ele e, mais do que isso, um pensamento maior, que vai al�m de uma candidatura do PSDB ou do PSB”, afirmou.
J� o deputado federal e presidente do PSDB de Minas, Marcus Pestana, disse que a alian�a com o PSB, do presidenci�vel Eduardo Campos, � fruto de um amadurecimento de muitos meses. Segundo ele, � preciso ter flexibilidade diante das diferen�as entre a realidade regional e a nacional. “O PSB � um aliado hist�rico, participou de todos os nossos governos e teve em n�s alavanca para ganhar a Prefeitura de Belo Horizonte”, afirmou Pestana.
Em rela��o � afirma��o de Campos sobre os gastos em educa��o de Pernambuco, onde governou at� abril, serem maiores do que os investimentos de Minas, o deputado disse acreditar que ele se sentiu pressionado a acentuar diferen�as devido ao papel destacado de A�cio Neves. “N�o � isso que os n�meros falam. A educa��o fundamental de Minas � a melhor do pa�s, segundo avalia��es do Minist�rio da Educa��o. E, no ensino m�dio, Minas ficou em terceiro lugar”, lembrou. Pestana disse ainda, que apesar da alian�a com o PSB no estado, � preciso discutir as diferen�as entre as duas legendas para que a unidade em torno de mudan�as necess�rias seja s�lida. “A unidade n�o se constr�i escondendo posi��es ou mascarando diverg�ncias. � na discuss�o e no debate que a unidade se torna densa e profunda. E o A�cio far� um bom debate em nosso nome.”
Colaborou Juliana Ferreira