
Apesar de o Pal�cio do Planalto ser acusado pela oposi��o de estar atuando de forma combinada com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para dificultar a instala��o da CPI que vai apurar as den�ncias de irregularidades em contratos na Petrobr�s a presidente Dilma Rousseff afirmou na noite dessa ter�a-feira, em jantar com jornalistas, que n�o v� problema na instala��o da comiss�o parlamentar de inqu�rito. "N�o temo nada de CPI. N�o devo nada e, portanto, n�o tenho temor nenhum", declarou a presidente, acrescentando que o governo age com "absoluta transpar�ncia".
Mas, para Dilma, o foco da CPI � ela. "O interesse todo nesta hist�ria sou eu", desabafou ela, dizendo que n�o h� inten��o de atingir o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ou o ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli. "N�o tem d�vida que tem um componente pol�tico nisso a�", desabafou. E emendou: "sempre � muito contradit�rio o tratamento que se d� no Brasil �s investiga��es sobre qualquer coisa. Investiga��es que s� atingem o governo federal".
Dilma assegurou que "n�o se arrepende" de ter dito em nota ao Estado que n�o teria votado a favor da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, se conhecesse as cl�usulas de put option e marlim, consideradas desfavor�veis � empresa e que foram omitidas do resumo t�cnico apresentada a ela e toda a diretoria da estatal, em 2006, na reuni�o que definiu a compra da refinaria belga. "N�o arrependo n�o. N�o falei nada que todos n�o soubessem e tudo isso est� nas atas", disse a presidente. "Portanto, � uma tolice meridiana dizer que todas as cl�usulas (put option) s�o iguais. N�o s�o. Cada uma tem sua cl�usula", disse ela.
A presidente Dilma afirmou que n�o estava alia para julgar nem Nestor Cerver�, ex-diretor da �rea internacional da Petrobras, respons�vel pelo resumo t�cnico que omitia algumas das principais cl�usulas do contrato de Pasadena, e nem S�rgio Gabrieli. Para a presidente, a omiss�o destas cl�usulas no resumo entregue aos conselheiros que serviu de base para aprovar a compra da refinaria pode ter sido "um equ�voco". "Mas n�o sei se houve m�-f�", emendou.