
A �ntegra do processo do TSE revela que o partido pagou em 2013 ao menos R$ 534 mil � banca, que atuou tamb�m para o ex-deputado Bispo Rodrigues no mensal�o. As assinaturas dos cheques coincidem com as de Costa Neto em documentos p�blicos. Os valores foram descontados da conta 412.222-4, no Banco do Brasil, usada pela sigla para movimentar os recursos do Fundo Partid�rio.
Costa Neto foi secret�rio-geral do PR desde sua cria��o, em 2006, at� outubro do ano passado, quando deixou o cargo devido � condena��o no STF por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Ele est� preso em Bras�lia, assim como Bispo Rodrigues, apenado pelos mesmos crimes.
Questionado, o diret�rio nacional da legenda confirmou que as assinaturas s�o mesmo de Costa Neto. "Todos os cheques emitidos pelo PR s�o assinados pelo tesoureiro e pelo secret�rio-geral, conjuntamente, membros da Executiva Nacional", informou, em nota.
Na segunda-feira passada, o Estado mostrou que o dinheiro do fundo, alimentado por verba do Or�amento da Uni�o, tem sido usado pelo PR para pagar a defesa criminal de pol�ticos envolvidos em corrup��o. O partido admite ter dado suporte financeiro n�o s� aos r�us do mensal�o, mas tamb�m aos de outros casos, como o investigado na Opera��o Sanguessuga, da Pol�cia Federal, cujo inqu�rito apontou, em 2006, a participa��o de pol�ticos em desvios de verbas para a compra ambul�ncias.
No controle de sa�da de caixa, o partido diz que os pagamentos aos advogados de Costa Neto se referem a "honor�rios advocat�cios para a Presid�ncia Nacional do PR, conforme contrato de presta��o de servi�o".
Outros
O PP tamb�m pagou a banca que atuou para o deputado Jos� Ot�vio Germano (RS) em processos criminal e de improbidade administrativa. J� o PT contratou com dinheiro do fundo os mesmos escrit�rios que representam, na esfera privada, alguns r�us do mensal�o e de outros casos de corrup��o, como ex-presidente Jos� Genoino e a ex-chefe do escrit�rio da Presid�ncia em S�o Paulo Rosemary Noronha.
No entanto, o partido e os profissionais alegam que esses recursos custearam apenas honor�rios em processos de cunho c�vel e eleitoral, nos quais a legenda � parte. Os advogados afirmam ter trabalhado para os petistas de gra�a ou em troca de honor�rios "m�dicos".
O ministro Marco Aur�lio Mello, que deixou ontem a presid�ncia do TSE, disse ver "distor��o flagrante" no uso do fundo para custear a defesa de pol�ticos em processos criminais. A Lei dos Partidos Pol�ticos n�o prev�, segundo ele, esse tipo de gasto, que classificou como "pessoal" e "esdr�xulo". Numa eventual puni��o, as legendas podem perder os repasses.
Com Ag�ncia Estado