Bras�lia - A queda nas inten��es de voto na presidente Dilma Rousseff, conforme as mais recentes pesquisas, e as diverg�ncias nos Estados levaram nessa quarta-feira a ala dissidente do PMDB a aumentar a press�o sobre a c�pula do partido para que a sigla fique neutra na disputa pelo Pal�cio do Planalto e negue apoio � reelei��o da petista.
As cr�ticas principais foram no sentido de que o partido se beneficia pouco do acordo nacional com os petistas. Os peemedebistas reclamaram ainda que a bancada federal pode ficar menor caso a alian�a seja mantida, o que diminuiria o peso pol�tico da sigla no pr�ximo governo. "O PMDB participa do governo com cinco ou seis minutos do tempo de televis�o, mas n�o apita nada na constru��o de pol�ticas p�blicas do Pa�s", disse um dos porta-vozes dos insatisfeitos, o deputado federal Leonardo Picciani (RJ).
Embora as diverg�ncias locais ainda sejam o motor das insatisfa��es dentro do PMDB, a avalia��o � que as cr�ticas � alian�a nacional PMDB-PT tamb�m foram influenciadas pela queda da avalia��o do governo Dilma e das inten��es de voto na petista nas pesquisas eleitorais. No Rio, por exemplo, o PMDB deve lan�ar candidato Luiz Fernando Pez�o, que assumiu o governo do Estado no lugar de S�rgio Cabral, enquanto que o PT trabalha pela candidatura do senador Lindbergh Farias. "Fortalecer o seu advers�rio a n�vel nacional � o mesmo do que fortalecer o advers�rio no Estado", resumiu Picciani.
O Rio tem o maior n�mero de convencionais que decidir� pela coliga��o ou n�o com Dilma na conven��o no dia 10 de junho. A insatisfa��o tamb�m ocorre em outros Estados com peso interno, como Cear�, Para�ba e Rio Grande do Sul.
Apoios. Na tentativa de mostrar unidade do partido, Temer, presidente licenciado da sigla e que trabalha pela alian�a, apresentou ontem of�cios de apoio assinados pelos convencionais dos diret�rios de Minas Gerais e de S�o Paulo. Tamb�m advogou a tese de que a sigla respeite as peculiaridades eleitorais dos Estados nas coliga��es, desde que haja a defesa do projeto nacional.