Sem participar de agendas oficiais desde que renunciou ao cargo em fevereiro, o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) compareceu nesta segunda-feira a evento no qual foram confirmados os nomes da chapa aliada do atual governo de Minas que disputar� o Executivo estadual e afirmou que participar� das campanhas tucanas em Minas e para a Presid�ncia da Rep�blica. "Sou fundador do partido. Vou defender o Pimenta e o A�cio", declarou, referindo-se, respectivamente, ao ex-ministro Pimenta da Veiga, que disputar� o governo mineiro, e ao senador A�cio Neves (MG), que representar� o tucanato na corrida presidencial.
"Estou participando e vou continuar participando porque tenho muito mais condi��o moral que muita gente que est� por a�", declarou Azeredo, ap�s o evento. A�cio e Pimenta tamb�m falaram sobre a presen�a do ex-deputado na campanha, mas nenhum dos dois quis entrar em detalhes. Segundo A�cio, o ex-deputado participar� da campanha presidencial "da forma que ele achar adequada". Questionado sobre a presen�a do correligion�rio nos palanques, mudou de assunto: "vamos falar de Minas, vamos falar do Brasil. Isso a� eu j� respondi".
Azeredo renunciou ao mandato ap�s o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pedir condena��o a 22 anos de pris�o para o ent�o parlamentar pela acusa��o de seu envolvimento no esquema de corrup��o em Minas, por causa da participa��o do empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza. O caso ocorreu em 1998 e, segundo a acusa��o, consistiu em desvio de recursos de estatais mineiras para financiar a campanha pela reelei��o de Azeredo, ent�o governador de Minas.
Com a ren�ncia, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enviar o processo contra o tucano para a primeira inst�ncia. "Gostaria que divulgassem minha defesa, n�o apenas aquela loucura do procurador", disse em rela��o �s alega��es finais apresentadas por Janot ao STF. Em sua defesa, Azeredo alega inoc�ncia e afirma que a acusa��o � baseada em provas "forjadas" pelo lobista Nilton Monteiro, que est� preso.
Azeredo disse hoje que renunciou porque "n�o queria prejudicar ningu�m". Ele n�o fez refer�ncia e nenhum nome e citou apenas seus "companheiros". O ent�o deputado deixou o cargo um dia antes de evento no qual foi confirmado o nome de Pimenta da Veiga - que foi indiciado pela Pol�cia Federal (PF) por ter recebido R$ 300 mil das empresas de Marcos Val�rio - para a disputa pelo governo de Minas. Azeredo n�o participou do ato. "Estava muito sentido mesmo. Quem tem moral, vergonha na cara, fica sentido quando � injusti�ado. Tinha sido injusti�ado e n�o estava bem de sa�de", disse.
Com Ag�ncia Estado