Para Campos, pa�s perdeu oportunidade com crise de 2009

S�o Paulo - Em palestra para o setor farmac�utico na manh� desta ter�a-feira, 27, o presidenci�vel do PSB, Eduardo Campos, disse que o Brasil perdeu uma oportunidade ao passar pela crise de 2009. Citando mudan�as de governo na Europa e na China, a mudan�a da matriz energ�tica nos Estados Unidos e a movimenta��o de pa�ses na Am�rica Latina por novos acordos bilaterais, o pr�-candidato criticou a postura do governo brasileiro. "Todos foram de certa forma buscar seus caminhos, fazer da crise uma oportunidade", disse.

Campos criticou ainda o uso de "medicamentos keynesianos" na economia e afirmou que o governo atual, da presidente Dilma Rousseff, "blinda o Brasil oficial do Brasil real", referindo-se a uma nega��o dos problemas atuais do Pa�s. O ex-governador de Pernambuco voltou a dizer que Dilma perdeu uma segunda oportunidade ao n�o responder adequadamente �s manifesta��es populares de junho do ano passado e defendeu novamente a mudan�a de rumo, j� que a presidente n�o conseguiu preservar as conquistas de estabilidade econ�mica nem avan�ou nos ganhos sociais para a popula��o, como esperado.

O presidenci�vel tamb�m refor�ou suas propostas de dar maior autonomia ao Banco Central, voltar ao trip� macroecon�mico e ter um conselho de responsabilidade fiscal. Segundo Campos, as medidas somadas a programas sociais e educa��o de qualidade ser�o a chave para voltar ao crescimento e melhorar o n�vel de desenvolvimento do Pa�s.

Desafio

O presidenci�vel do PSB, disse que o Pa�s tem o desafio de desenvolver a ind�stria farmac�utica. Campos disse que, como defende a Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo (Fapesp), hoje o Brasil produz trabalhos acad�micos, ou seja, "tem dinheiro em pesquisa, mas o Brasil n�o conseguiu ainda transformar pesquisa em dinheiro".

O pr�-candidato apontou que 80% dos insumos usados para fabrica��o de medicamentos gen�ricos no Pa�s s�o importados. E afirmou que o Brasil precisa ter um ambiente melhor de neg�cios, sem "preconceito" contra o capital privado, para que o setor se desenvolva. "Precisamos melhorar a regula��o, a tributa��o e a log�stica."

Campos voltou a dizer que o Brasil j� teve v�rias idas e vindas com tentativas de fazer uma reforma tribut�ria e que ela n�o sai do papel pois tem sempre um vi�s imediatista. "N�o � que n�o tenhamos propostas de reforma tribut�ria, mas todas querem para aplicar em janeiro do ano que vem", disse. O presidenci�vel voltou a defender uma proposta de simplifica��o tribut�ria que seja fatiada e que possa ser implementada gradualmente.