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Estado de Minas

CPI Mista da Petrobras tramita em marcha lenta

N�o houve acordo sobre o plano de trabalho apresentado pelo relator, deputado Marco Maia (PT-RS), para a condu��o das investiga��es sobre a estatal


postado em 03/06/2014 06:00 / atualizado em 03/06/2014 07:22

Reunião da CPI de senadores e deputados sobre a Petrobras: plano de trabalho apresentado ontem só será votado hoje pelo colegiado(foto: Moreira Mariz/Agência Senado)
Reuni�o da CPI de senadores e deputados sobre a Petrobras: plano de trabalho apresentado ontem s� ser� votado hoje pelo colegiado (foto: Moreira Mariz/Ag�ncia Senado)

Os integrantes da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) Mista da Petrobras n�o chegaram a um acordo sobre o plano de trabalho apresentado pelo relator, deputado Marco Maia (PT-RS), para a condu��o das investiga��es sobre a estatal. A vota��o do documento, que deveria ter ocorrido nessa segunda-feira, ficou marcada paraesta ter�a-feira, o que atrasa o in�cio de fato das investiga��es. Como prioridades, o petista quer convocar os ex-diretores da estatal Nestor Cerver� e Paulo Roberto Costa, al�m do doleiro Alberto Youssef, piv� de uma opera��o que investigou um esquema milion�rio de lavagem de dinheiro.

Maia descartou convocar a presidente da Petrobras, Gra�a Foster, e o ex-presidente S�rgio Gabrielli na primeira fase de trabalhos da comiss�o. Para ele, como Foster e Gabrielli j� prestaram depoimento na CPI exclusiva do Senado que tamb�m investiga a estatal, seria repetitivo ouvi-los novamente.

No entanto, parlamentares da oposi��o protestaram contra a estrat�gia por considerarem a comiss�o mista mais isenta do que a conduzida apenas pelos senadores, que foi boicotada pela oposi��o. “Acho que ele fez um relat�rio razo�vel, mas pecou ao dizer que eles j� foram ouvidos l� e n�o t�m mais nada a dizer. A CPI do Senado � uma coisa. Essa � a CPI de verdade, que o povo brasileiro quer. Dizer que algu�m foi ouvido l� e n�o deve ser ouvido aqui n�o cabe na cabe�a de ningu�m", afirmou o senador M�rio Couto (PSDB-PA).

Para o l�der do PSDB na C�mara, deputado Ant�nio Imbassahy (BA), faltou tamb�m incluir no plano de trabalho os nomes dos presidentes e diretores de empresas fornecedoras da Petrobras que est�o relacionadas �s den�ncias, como as grandes construtoras.

A oposi��o reclamou tamb�m da inten��o do relator de n�o pedir a quebra de sigilos de empresas ligadas ao esquema conduzido por Youssef. Os parlamentares pedem ainda que o relator pe�a � Justi�a e � Pol�cia Federal a c�pia integral dos autos da Opera��o Lava a Jato, que desvendou o esquema milion�rio conduzido pelo doleiro e que levou � pris�o Paulo Roberto Costa. Para eles, � imprescind�vel ter as informa��es em m�os antes de realizar as oitivas.

Na primeira reuni�o administrativa da comiss�o mista, Maia apresentou o plano de trabalho que tra�a os objetivos da comiss�o e como as investiga��es ser�o desenvolvidas aos demais integrantes do colegiado, mas a vota��o do texto foi adiada hoje. Os parlamentares tamb�m deixaram para votar os mais de 580 requerimentos apresentados a partir de hoje. A decis�o foi tomada para que deputados e senadores pudessem ler o plano de trabalho, de 17 p�ginas, al�m de poder fazer as sugest�es de mudan�as.

O plano est� dividido em quatro eixos principais que tratar�o das den�ncias de superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena (EUA), o suposto pagamento de propina por funcion�rios da empresa belga SBM Offshore para empregados da Petrobras, a falta de seguran�a de plataformas que estariam sendo colocadas em opera��o sem componentes b�sicos e a constru��o da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Diante das cr�ticas, Maia ressaltou que o plano de trabalho � apenas um guia para a comiss�o e n�o ser�, necessariamente, engessado. Para ele, o fluxo das investiga��es � que determinar� quem mais ser� ouvido e quais outros documentos ser�o requisitados. Ele defendeu ainda a aprova��o de 227 requerimentos em bloco e afirmou que os demais podem ser analisados e votados ao longo dos trabalhos.

Costa

Provavelmente um dos primeiros a ser convocado para depor na CPI mista, Paulo Roberto Costa foi preso pela Pol�cia Federal em mar�o e foi solto ap�s 59 dias por ordem do Supremo Tribunal Federal. A PF suspeita que ele se associou a um esquema criado pelo doleiro Alberto Youssef para recolher propina de empresas interessadas em neg�cios com a Petrobras e distribuir parte do dinheiro a pol�ticos.

Os partidos aliados ao governo, que controlam as investiga��es na nova CPI, querem que seja dada prioridade para os esclarecimentos de Costa, mas a oposi��o teme que, se ele for ouvido agora, pode blindar o governo sem esclarecer pontos fundamentais para as investiga��es.


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