Apesar da troca de nome, Frente de Esquerda est� mantida em Minas

A Frente de Esquerda, que vinha sendo ensaiada pelo PSOL, PSTU e PCB em Minas Gerais, sofreu um abalo por causa da troca do nome de Maria da Consola��o (PSOL) por Fid�lis Alc�ntara (PSOL) para a disputa pelo governo do estado, mas est� mantida. N�o deve contar mais com o PCB, que n�o concorda com a indica��o de Fid�lis para a cabe�a da chapa. Mas a alian�a entre PSOL e PSTU vai ser selada.

A informa��o � de Pedro Valadares, dirigente do partido no estado e que na elei��o passada disputou pelo PSTU uma vaga para o Senado No fim de semana as duas legendas fizeram um encontro conjunto e definiram os nomes para a chapa majorit�ria. A professora Vict�ria Mello foi indicada para disputa do cargo de vice governadora e o dirigente da Federal Democr�tica dos Metal�rgicos de Minas Gerais, Geraldo Batata, como pr�-candidato ao Senado. A chapa vai ser encabe�ada pelo PSOL.

Al�m disso, tamb�m ficou acertado que a frente vai investir na elei��o de representantes para a C�mara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Vanessa Portugal (PSTU ) vai disputar uma vaga na Assembleia e Maria da Consola��o vai concorrer a deputada federal. Na �ltima pesquisa para as elei��es em Minas Gerais, as duas apareceram com 2% cada nas inten��es de voto. � a primeira vez que as duas, que sempre disputam cargos majorit�rios, se aventuram em uma elei��o para o parlamento.

Em Minas, os dois partidos n�o t�m assento em nenhuma das casas legislativas. O PSTU tem apenas dois vereadores em todo o Brasil, Amanda Gurgel, em Natal (RN), e Cleber Rabelo, em Bel�m (PA) , e nenhum prefeito ou governador. O PSOL tem tr�s deputados federais, seis estaduais, 49 vereadores e um prefeito. De acordo com Pedro Valadares, o PSTU, que nunca priorizou as disputas proporcionais (deputado e vereador), resolveu mudar de t�tica para tentar ocupar o v�cuo deixado, segundo ele, pelo PT. “Com a chegada do PT ao poder a esquerda ficou sem representantes no Legislativo e h� um desejo muito forte para que esse espa�o volte a ser ocupado”, explica.

Pedro Valadares afirma que, apesar da reviravolta dentro do PSOL, o partido decidiu manter a alian�a, que foi feita em 2012 e deu certo em algumas cidades. “Teve um abalo, pois sempre tratamos com a ideia de que a candidata seria a Consola��o, mas superamos esse processo e vamos fechar a alian�a”. Segundo ele, o PSOL informou que n�o abre m�o da cabe�a de chapa. O partido precisa de um nome para o governo do estado para alavancar a candidatura do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) a presidente. Em n�vel nacional, PSOL e PSTU tamb�m discutem a possibilidade de uma alian�a em torno da disputa pelo Pal�cio do Planalto e existe at� mesmo a possibilidade de o PSTU indicar seu presidente, o metal�rgico Z� Maria, para ser o vice de Randolfe.

O PCB deve lan�ar o professor e historiador T�lio Lopes como o candidato ao governo. O nome para o Senado ser� o tamb�m professor Pablo Lima. “A gente vinha construindo uma chapa conjuntamente e n�o aceitamos a imposi��o de um nome, por isso rompemos”.