Bras�lia- Mesmo com algumas aus�ncias, a base governista conseguiu aprovar nesta ter�a-feira 233 requerimentos na CPI mista da Petrobras sem passar perto das indesejadas quebras de sigilo. Em n�mero bem menor, a oposi��o chegou a pedir, sem sucesso, a abertura de informa��es do ex-diretor Nestor Cerver� e da MO Consultoria, empresa suspeita de ter sido usada pelo doleiro Alberto Youssef para distribuir propina a pol�ticos e servidores p�blicos, mas acabou aceitando o ritmo impresso pelo calend�rio do relator Marco Maia (PT-RS).
Pela manh�, na reuni�o da CPI exclusiva do Senado, o presidente Vital do R�go (PMDB-PB), que tamb�m comanda a CPMI, marcou para a pr�xima ter�a-feira o depoimento de Costa. Como tem ocorrido desde a instala��o, h� duas semanas, a tend�ncia � que a reuni�o esteja esvaziada, especialmente por coincidir com a conven��o do PMDB, marcada para a mesma data.
Al�m das convoca��es, o pacote aprovado tem um pedido para que a Justi�a Federal do Paran� remeta para a comiss�o os dados referentes �s quebras de sigilo banc�rio, fiscal e telef�nico de investigados na Opera��o Lava Jato. O bloco de requerimentos inclui ainda pedidos de acesso a documentos que envolvem o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Embora o deputado oposicionista Onyx Lorenzoni (DEM-RS) tenha sido atendido em seu pedido de exclus�o de quatro requerimentos que se referiam � gest�o do PSDB, um "cochilo" da oposi��o, segundo descri��o de um membro da base, fez com que sobrasse um pacote. O requerimento 520 solicita � Ag�ncia Nacional de Petr�leo (ANP) c�pia de relat�rios e demais documentos relativos ao acidente com a plataforma P-36. Ou seja, esse pedido foi aprovado sem que os oposicionistas percebessem. O caso da Repsol, por�m, ficar� de fora da investiga��o.
A previs�o de trabalho ditada na reuni�o ignora boa parte da proposta apresentada pelo senador A�cio Neves (PSDB-MG), que na primeira reuni�o da CPMI usou da prerrogativa de lideran�a "tempor�ria" para se posicionar. O prov�vel candidato tucano � Presid�ncia pediu a quebra dos sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico de Costa, Cerver�, Youssef e Gabrielli, assim como a das empresas MO Consultoria, Labogen, Piroqu�mica e Labogen Qu�mica.
O ex-gerente executivo Internacional da Petrobras Luis Carlos Moreira da Silva afirmou nesta ter�a, em depoimento � CPI da Petrobras do Senado, que a estatal tinha uma rela��o de "ganha-ganha" com a Astra Oil, sua s�cia na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). "Havia um consenso de que a parceria seria um bom neg�cio", disse.