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Estado de Minas

Dobradinha entre PMDB e PT � mantida apesar de queda do n�mero de apoiadores

Com 59% dos votos, PMDB aprova manuten��o da chapa Dilma/Temer. Em 2010, apoio foi decidido por 84% dos integrantes do partido


postado em 11/06/2014 06:00 / atualizado em 11/06/2014 07:20

Ao lado de Temer (E), a quem agradeceu a lealdade, Dilma comemora decisão do partido, apesar de os problemas nos estados não estarem superados (foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)
Ao lado de Temer (E), a quem agradeceu a lealdade, Dilma comemora decis�o do partido, apesar de os problemas nos estados n�o estarem superados (foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)

Bras�lia –
No primeiro dia de conven��es partid�rias, a presidente Dilma Rousseff levou um susto, mas viu aprovada a alian�a com o PMDB do vice-presidente Michel Temer. Foram 398 votos (59,1%) pela manuten��o da chapa contra 275 (40,8%) da ala que rejeitava a dobradinha com o PT. O resultado foi muito aqu�m do que os governistas esperavam. “Prometeram (ao Michel Temer) que os problemas estaduais n�o contaminariam a conven��o. Contaminaram”, afirmou o presidente do Instituto Teotonio Vilela, Eliseu Padilha (PMDB-RS).

Os aliados do Planalto se assustaram. “Isso � um recado claro para o PT: voc�s t�m de resolver os problemas nos estados”, afirmou um governador. O resultado da conven��o mostra um partido trincado. Em 2010, a alian�a tendo Michel Temer como candidato a vice foi aprovada por 85% dos votos. Tamb�m chamaram a aten��o de lideran�as do partido ontem os 103 votos brancos e nulos. Com a decis�o, a petista obt�m 2 minutos e 20 segundos (em cada bloco de 25 minutos) na propaganda eleitoral na TV.

Dilma s� apareceu na conven��o ap�s o resultado ser anunciado pelo presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO). Ela rasgou elogios a Michel Temer, ao agradecer o apoio do PMDB. “Ele articulou consensos, ele sabe aproximar pessoas, sabe desarmar esp�ritos. O Temer desarma esp�ritos”, disse a presidente. “Eu queria agradecer porque tem uma coisa que n�o tem pre�o: a lealdade, companheirismo”, afirmou. “Juntos teremos mais quatro anos para acelerar o crescimento com estabilidade. Vamos acelerar a constru��o de infraestrutura e inclus�o social”, afirmou Dilma.

Na abertura da conven��o, Temer minimizou a dissid�ncia e afirmou que a manuten��o da alian�a com o PT visa “abrir as portas” para que, no futuro, “o PMDB ocupe todos os espa�os pol�ticos, para o bem dos brasileiros”. O vice-presidente afirmou que n�o acreditava nas “intrigas”, que, segundo ele, apontavam para trai��es. Com a vit�ria de sua ala, Temer ser� novamente o vice na chapa de Dilma.

Antes de discursar, Temer repetiu que estaria satisfeito mesmo que a alian�a fosse aprovada at� mesmo por margem m�nima, de 51%. E negou constrangimento: “Isso � comum no PMDB, se a gente n�o se acostumar com isso depois de 40 anos, n�o d� para fazer pol�tica”.

‘AEZ�O’ Em seu discurso, o prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ) foi muito duro com a legenda. “N�s vamos apoiar a alian�a com a presidente, mas o PT do Rio parece n�o entender a import�ncia disso e n�o compreendeu o per�odo de transi��o pelo qual estamos passando. Esse � um problema deles, n�o nosso”, retrucou. Na semana passada, dissidentes do PMDB fluminense lan�aram a chapa Aez�o (A�cio Neves, pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia com Luiz Fernando Pez�o, governador e candidato � reelei��o).

Segundo interlocutores do partido, Paran�, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Bahia e Esp�rito Santo votam em A�cio Neves. “Um ter�o dos mineiros tamb�m”, disse Cunha. J� o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Pernambuco e talvez Piau� fecham com Eduardo Campos, pr�-candidato do PSB � Presid�ncia.

ATAQUES Antes de participar do evento do PMDB, a presidente Dilma fez um discurso repleto de ataques aos principais advers�rios pol�ticos na disputa presidencial, na conven��o do PDT , onde recebeu o apoio un�nime da legenda. Segundo ela, h� uma patrulha da turma do “n�o vai dar certo” e uma campanha que diz sistematicamente que a infla��o est� sem controle. “Quando a gente lan�a um programa, eles falam que n�o vai dar certo. Quando fazemos, eles ficam malhando, dizem que n�o vai dar certo, que � um absurdo. Agora, est�o dizendo que o programa n�o � monop�lio de ningu�m. Agora, mostra um oportunismo do mais deslavado n�vel”, criticou, sem citar os nomes de A�cio e de Eduardo.

PRONUNCIAMENTO � noite, a presidente fez um pronunciamento em cadeia de r�dio e tev�, para tratar da Copa do Mundo, que come�a amanh� no Brasil. Ao garantir que o pa�s “est� preparado para a Copa”, ela disse que, para “vit�ria ser completa”, faltava aos brasileiros ter uma “no��o correta do que aconteceu” na prepara��o do megaevento. “Uma vis�o sem falso triunfalismo, mas tamb�m sem derrotismo ou distor��es”, destacou. Segundo ela, “os pessimistas foram derrotados”, diante da entrega de todos os est�dios e pelo aumento da capacidade dos aeroportos. No fim, ela afirmou que a Sele��o Brasileira “est� acima de governos, de partidos e de interesses de qualquer grupo”.

Presidente cai, oposi��o sobe

Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra queda de dois pontos percentuais de Dilma Rousseff em rela��o ao �ltimo levantamento. A presidente saiu de 37% das inten��es de voto em abril para 40% em maio e voltou a 38% este m�s. O r�-candidato do PSDB, A�cio Neves, saiu de 14% em abril para 20% em maio e agora alcan�a 22%. J� o pr�-candidato do PSB, Eduardo Campos, soma 13% das inten��es de voto ante 11% em maio e 6% em abril. O pastor Everaldo (PSC) manteve 3% das inten��es de voto, enquanto Jos� Maria (PSTU), Magno Malta (PR) e Eduardo Jorge (PV) t�m 1% cada. Outros nanicos somam 1%. Brancos e nulos s�o 13% e indecisos, 7%. A pesquisa, realizada entre os dias 4 e 7, tem margem de erro de 2 pontos percentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-00154/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


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