
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pediu nesta segunda-feira � Procuradoria da Rep�blica no Distrito Federal a abertura de uma a��o penal contra advogado do ex-deputado Jos� Genoino, Luiz Fernando Pacheco. Barbosa pede que Pacheco seja investigado pelos crimes de desacato, cal�nia, difama��o e inj�ria. A reportagem da Ag�ncia Brasil entrou em contato com o advogado e aguarda sua posi��o sobre o caso.
Na semana passada, Barbosa mandou seguran�as da corte retirarem Pacheco do plen�rio. Barbosa deu a ordem ap�s Pacheco subir � tribuna para pedir que o presidente libere para julgamento o recurso no qual Genoino diz que tem complica��es de sa�de e precisa voltar a cumprir pris�o domiciliar. Na ocasi�o, os ministros do STF estavam julgando um processo sobre a mudan�a no tamanho das bancadas na C�mara dos Deputados.
Ao subir � tribuna e interromper o julgamento para cobrar de Barbosa a libera��o do recurso, Pacheco foi questionado pelo presidente: "Vossa Excel�ncia vai pautar [a corte]?". O advogado respondeu: “Eu n�o venho pautar. Venho rogar a vossa excel�ncia que coloque em pauta, porque h� parecer do procurador-geral da Rep�blica [Rodrigo Janot] favor�vel � pris�o domiciliar deste r�u, deste sentenciado. Vossa excel�ncia, ministro Joaquim Barbosa, deve honrar esta Casa e trazer aos seus pares o exame da mat�ria”, respondeu Pacheco.
Ap�s dizer duas vezes: “eu agrade�o a vossa excel�ncia”, na tentativa de cortar a palavra de Pacheco, Barbosa determinou a retirada do advogado do plen�rio. “Eu vou pedir � seguran�a para tirar este homem”, disse Barbosa.
Ao ser abordado pelos seguran�as, o advogado protestou: “isso � abuso de autoridade!”, gritou. Joaquim Barbosa ainda retrucou: “Quem est� abusando de autoridade � vossa excel�ncia. A Rep�blica n�o pertence a vossa excel�ncia, nem � sua grei (grupo). Saiba disso.”
No dia 4 deste m�s, o procurador Rodrigo Janot enviou ao Supremo parecer favor�vel ao regime de pris�o domiciliar para Genoino. Segundo Janot, o ex-deputado deve voltar a cumprir pena em casa enquanto estiver com a sa�de debilitada. Ele foi condenado a quatro anos e oito meses de pris�o em regime semiaberto na A��o Penal 470, o processo do mensal�o.
Com Ag�ncia Brasil