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Estado de Minas

Problemas � parte, Dilma � a candidata do PT

PT oficializa neste s�bado o nome da presidente na disputa � reelei��o. Miss�o ser� �rdua: al�m de enfrentar os conflitos estaduais, partido ter� de superar o alto �ndice de rejei��o da petista


postado em 21/06/2014 07:03 / atualizado em 21/06/2014 07:22

Na convenção do partido haverá ato de desagravo à presidente Dilma, vaiada na abertura da Copa (foto: AFP PHOTO/Evaristo SA )
Na conven��o do partido haver� ato de desagravo � presidente Dilma, vaiada na abertura da Copa (foto: AFP PHOTO/Evaristo SA )

O PT oficializa neste s�bado, em Bras�lia, a candidatura de Dilma Rousseff � reelei��o, mas precisar� resolver uma lista de problemas ao longo da campanha, que come�a formalmente no in�cio de julho. L�der nas pesquisas, a presidente da Rep�blica conseguiu estancar a queda e estabilizar-se nos 40%, mas enfrenta uma alta rejei��o, o que pode dificultar a disputa em segundo turno. A economia n�o � t�o pujante como era em 2010, quando Dilma se elegeu pela primeira vez. E os aliados, sobretudo nos estados, d�o sinais de poss�veis trai��es – o pr�prio PMDB aprovou a indica��o de Michel Temer como vice com um percentual de 59% dos convencionais contra 85% na campanha anterior.

Some-se a isso o fato de o PT estar h� 12 anos no poder, o que acarreta uma inevit�vel fadiga de material. “Mesmo nos estados, s�o poucos os casos em que um partido manteve o poder por mais de tr�s mandatos. Ser�, sem d�vida, a nossa elei��o mais dif�cil”, resumiu o vice-presidente do PT, deputado Jos� Guimar�es (CE). Os petistas tamb�m precisam remodelar o discurso, pois todas as recentes pesquisas de opini�o mostram que mais de 70% dos brasileiros querem mudan�as a partir de 2015. “� um desafio para n�s. Precisamos reciclar nossa plataforma”, completou.

Na conven��o de hoje, caber� ao presidente nacional do partido, Rui Falc�o, a miss�o de fazer um desagravo p�blico a Dilma em rela��o �s vaias direcionadas a ela durante o jogo Brasil e Cro�cia, na abertura da Copa do Mundo. “Os xingamentos diante de chefes de Estado, de crian�as e fam�lias, deveriam envergonhar quem os proferiu. Infelizmente, tiveram guarida entre advers�rios que sonharam em tirar proveito eleitoral da falta de educa��o de uma certa elite. O tiro saiu pela culatra. A presidente vai, sim, colher nas urnas de outubro a apoio popular para um novo mandato”, afirmou Guimar�es.

Dilma fica dividida entre o que ela quer e o que o PT deseja – existe um impasse sobre o momento em que ela deve recrudescer ainda mais os ataques � oposi��o. A presidente j� fez a inflex�o em dire��o ao “arrocho salarial e o desemprego provocado pelos governos tucanos”, mas h� quem defenda – leia-se o ex-ministro Franklin Martins – que os ataques sejam cada vez mais incisivos. O marqueteiro Jo�o Santana � da opini�o de que esse acirramento se d� apenas durante a campanha propriamente dita. “Ela tinha adotado uma agenda de ‘faxineira e gestora’ quando a agenda � de desenvolvimento econ�mico e social. Ficou ref�m disso e depois teve que se abra�ar com os mesmos pol�ticos que tinha execrado. Claro que repercute mal na opini�o p�blica”, disse um dos integrantes da c�pula da campanha petista, explicando a queda na avalia��o pessoal da presidente.

Um outro fantasma que assombrava a presidente e, ao que tudo indica, ela conseguiu exorcizar, foi o “Volta, Lula”. Enquanto ela ca�a nas avalia��es positivas, as “vi�vas” do ex-presidente torciam para ele entrar em campo. Pessoas pr�ximas a Dilma disseram, ent�o, que ela deu duas tacadas para estancar o movimento: deixou vazar um convite para que Lula integrasse formalmente o comando da campanha e negociou levar ao ar a propaganda do medo, t�o criticada pela oposi��o. “Ela amarrou o Lula na campanha e gastou uma bala de prata (na linguagem popular, a bala especial guardada para matar lobisomens) para evitar a queda nas pesquisas. Arriscou e se deu bem. Resta saber o que usar� de muni��o na campanha”, questionou um integrante de partido aliado.

VERMELHO Outra fissura interna est� relacionada � programa��o visual da campanha. Jo�o Santana tem irritado alguns petistas ao privilegiar o verde e amarelo nos eventos. “N�o se espantem se isso aumentar. O vermelho causa rejei��o. Essa campanha, sobretudo no segundo turno, ser� um plebiscito antipetista”, destacou um cacique peemedebista. “Na minha terra, uso o vermelho e ganho voto. Essa campanha ser� do vermelho contra o azul (cor do PSDB). Como sempre foi”, criticou Guimar�es.

Existe um consenso interno de que o advers�rio da presidente em outubro ser� o tucano A�cio Neves e n�o o socialista Eduardo Campos. Por v�rias raz�es. A�cio teria, na opini�o dos petistas, uma estrutura partid�ria mais consolidada e condi��es de polarizar melhor o debate. Por isso, o plano � intensificar os debates de legado entre PT e PSDB. “Temos de mostrar que a vida dos brasileiros hoje est� melhor do que estava h� quatro anos. Por que eles votariam em um partido que deixou a vida deles pior l� atr�s?”, questionou um estrategista pol�tico da campanha.


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