Rio, 24 - As alian�as formadas nos �ltimos dias no Rio de Janeiro continuam a provocar rea��es entre os insatisfeitos. Depois de ter classificado a alian�a de seu partido, o PSB, com o PT do candidato a governador Lindbergh Farias de "suruba", o deputado Alfredo Sirkis anunciou que n�o vai disputar novo cargo na C�mara. O parlamentar argumenta que � cr�tico ao governo de Dilma Rousseff e ao PT e n�o pedir� votos em uma coliga��o com os petistas. "Sempre fui cr�tico ao governo Dilma e ao PT e n�o posso me beneficiar do quociente eleitoral dos eleitores do PT. Algumas pessoas no meio pol�tico me olham como se eu fosse um extraterrestre", disse Sirkis. O quociente eleitoral determina quantos deputados cada coliga��o eleger�. Sirkis argumenta que, sozinho, n�o alcan�aria o n�mero de votos necess�rios. "Eu dependeria do voto dos eleitores do PT. � um constrangimento, um desconforto. Vou levar meu mandato at� o fim. No time de base ambientalista, posso jogar em v�rias posi��es e a de deputado n�o � a minha preferida", afirmou Sirkis.
'Bacanal eleitoral'
Outro insatisfeito com alian�as recentes, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), pegou carona na express�o usada por Sirkis e, na noite de domingo, 22, chamou de "bacanal eleitoral" a alian�a do governador peemedebista Luiz Fernando Pez�o com o DEM do ex-prefeito Cesar Maia, lan�ado candidato ao Senado na coliga��o. A alian�a inclui ainda o PSDB e o PPS e refor�a o movimento "Aez�o", que prega voto conjunto em Pez�o e no candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves. Reeleito no primeiro turno, Paes � um cabo eleitoral de peso na capital e promete empenho da campanha de reelei��o da presidente Dilma Rousseff. O prefeito ajudou a tentar atrair o DEM para a coliga��o de Pez�o e recebeu em sua casa o deputado Rodrigo Maia, filho de Cesar Maia e presidente do DEM-RJ. Paes, no entanto, foi surpreendido pela escolha de Maia candidato ao Senado, com espa�o para pedir voto para A�cio na chapa majorit�ria do PMDB. O ex-prefeito � vereador e maior opositor de Paes na C�mara Municipal.
O presidente do PMDB-RJ reagiu � cr�tica de Paes, dizendo que o prefeito tenta se apropriar da parceria do Rio de Janeiro com o governo federal, iniciada no governo do ex-presidente Lula e continuada por Dilma. Por tr�s da insatisfa��o de Paes est� tamb�m sua pr�pria sucess�o, em 2016. O prefeito quer que o candidato governista � prefeitura seja o deputado Pedro Paulo, enquanto Picciani, tenta emplacar o deputado Leonardo Picciani, seu filho.