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Estado de Minas

Partidos ser�o punidos por candidaturas fict�cias de mulheres para preencher cota

Minist�rio P�blico Eleitoral alerta legendas que n�o ser�o admitidos registros fict�cios de mulheres para atingir cota feminina exigida pelo TSE, al�m de outras pr�ticas fraudulentas


postado em 27/06/2014 06:00 / atualizado em 27/06/2014 07:19

(foto: Arte/Quinho)
(foto: Arte/Quinho)
Candidaturas fict�cias de mulheres para preencher cota de g�nero, de servidores p�blicos para garantir tr�s meses de licen�a remunerada ou que apresentem gastos inexistentes ou vota��o �nfima ser�o consideradas fraudulentas. O alerta foi feito pelo Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) por meio de uma recomenda��o expedida ontem. De acordo com o procurador regional eleitoral de Minas Gerais, Patrick Salgado Martins, chefe do MPE, as candidaturas fict�cias s�o identificadas com gastos de campanha inexistentes ou irris�rios e vota��o �nfima. “Este ano, o Minist�rio P�blico Eleitoral estar� especialmente atento a essa pr�tica il�cita e fraudulenta”, afirma.

A recomenda��o tamb�m alerta partidos e coliga��es para a falta de documentos para o registro. De acordo com a norma, neste pleito n�o ser� feita nenhuma dilig�ncia para suprir eventual lacuna nos pedidos de registro apresentados � Justi�a Eleitoral, e os requerimentos incompletos ser�o imediatamente impugnados. Para contestar essa decis�o, o candidato ter� de contratar advogado e recorrer � Justi�a Eleitoral.

Um dos principais alvos da recomenda��o s�o as candidaturas fict�cias apresentadas pelas agremia��es partid�rias apenas para alcan�ar os percentuais m�nimos exigidos pela lei no que diz respeito � participa��o feminina, ou mesmo por parte de servidores p�blicos que n�o t�m qualquer compromisso s�rio de se engajarem nas campanhas e s� se candidatam para usufruir os tr�s meses de licen�a remunerada.

De acordo com a Lei das Elei��es, cada partido ou coliga��o deve preencher, nas elei��es proporcionais (deputado federal e estadual), o m�nimo de 30% e o m�ximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Como a maioria dos candidatos � do sexo masculino, esse percentual na pr�tica � reservado �s mulheres. Portanto, de acordo com a recomenda��o, os partidos pol�ticos dever�o obedecer fielmente o que diz a legisla��o eleitoral quanto ao percentual m�nimo de 30% dos registros para candidaturas femininas.

Patrick Salgado alerta que esse percentual deve ser cumprido durante todo o processo eleitoral, n�o apenas no ato do registro das candidaturas, e os partidos e coliga��es devem oferecer as mesmas condi��es e espa�os pol�ticos para as candidatas mulheres. “O que percebemos, em toda elei��o, � que os partidos usam v�rios subterf�gios para se esquivar do cumprimento da cota feminina. Na maioria das vezes, fazem os c�lculos com base no n�mero abstrato previsto na Lei das Elei��es, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) j� decidiu que os percentuais legais devem levar em conta o n�mero de registros de candidatura efetivamente requeridos.”

DESIST�NCIA Outra forma de burlar a lei est� nas substitui��es de candidatos que ocorrem ap�s o prazo do registro, quando as agremia��es aproveitam para simular a desist�ncia de candidatas mulheres, trocando-as por candidatos do sexo masculino. Este ano, segundo o alerta do MPE, qualquer tentativa de descumprimento da lei ser� objeto de impugna��o. Para evitar esse tipo de fraude, o MPE vai exigir que todos os formul�rios de registro de candidatura sejam assinados pelas postulantes aos cargos de deputadas.

Em rela��o � impugna��o por documenta��o incompleta, o procurador afirma que partidos e coliga��es costumam adotar a pr�tica, mesmo sabendo de antem�o quais s�o os documentos exigidos por lei. “� uma postura negligente e at� desrespeitosa, porque obriga a Justi�a Eleitoral e o pr�prio Minist�rio P�blico a suprir a inefici�ncia dos partidos e dos pr�prios candidatos, verificando, p�gina por p�gina, cada um dos milhares de pedidos de registro que s�o apresentados no tribunal, no curt�ssimo prazo que temos para impugna��o, que � de 5 dias corridos”, diz.

Enquanto isso...

…Fichas-sujas na mira


O Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) pretende tamb�m apertar o cerco para evitar corrup��o nas campanhas e impedir que candidatos ficha-suja participem do pleito. Um n�cleo especial vai fazer uma triagem de todos os processos eleitorais para dar prioridade aos casos de abuso de poder econ�mico e pol�tico e compra de votos. Tamb�m ser� dada aten��o especial aos candidatos ineleg�veis pela Lei da Ficha Limpa. Batizado de Sisconta, um banco de dados eletr�nico criado pela Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), com informa��es sobre todos os condenados impedidos de disputar as elei��es, vai ajudar no cruzamento dos dados enviados � Justi�a Eleitoral para impedir registros de candidatos considerados fichas-sujas.

De olho nas fraudes

O que o Minist�rio P�blico Eleitoral vai denunciar:

» Candidaturas fict�cias de mulheres apenas para garantir a cota de 30% de g�nero exigida pela Lei das Elei��es

» Troca de candidaturas femininas por masculinas, alegando desist�ncia da disputa

» Candidaturas fict�cias, com gastos de campanha inexistentes ou irris�rios e vota��o �nfima

» Candidaturas de servidores e servidoras p�blicas que t�m por objetivo garantir apenas tr�s meses de licen�a remunerada

» Candidaturas com documenta��o incompleta

Prazo de registro

O prazo para o registro dos candidatos a presidente, governador, senador e deputados federal e estadual que v�o concorrer nas elei��es de outubro termina em 5 de julho, �s 19h. Como cai em um s�bado, a Secretaria Judici�ria do Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE-MG) vai trabalhar em esquema de mutir�o para recebimento, protocolo e confer�ncia da documenta��o. Para as elei��es proporcionais, h� 77 vagas para deputados estaduais e 53 para deputados federais eleitos por Minas. Cada partido poder� registrar candidatos at� 150% do n�mero de vagas a preencher. J� as coliga��es poder�o registrar nomes at� o dobro do n�mero de vagas a preencher. Nas elei��es gerais de 2010, o TRE-MG recebeu cerca de 1,8 mil pedidos de registro, mesmo n�mero esperado para este ano.


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