
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse nestab ter�a-feira que deixa a Corte de forma tranquila e com a “alma leve”. Barbosa participou nesta ter�a-feira de sua �ltima sess�o como ministro do Tribunal.
Em maio, ele anunciou que se aposentaria antecipadamente neste m�s, ap�s 11 anos como ministro da Corte. O decreto que vai oficializar a aposentadoria deve ser publicado at� o fim deste m�s. Com a sa�da de Barbosa, a presid�ncia do Tribunal ser� exercida pelo atual vice-presidente, Ricardo Lewandowski.
Barbosa descartou pretens�es de seguir a carreira pol�tica ap�s a aposentadoria. "A pol�tica n�o tem na minha vida essa import�ncia toda, a n�o ser como objeto de estudos e reflex�es. Mas uma pol�tica em um senso bem elevado do termo, uma pol�tica examinada sob a �tica das rela��es entre os Estados, entre as na��es. Eu n�o tenho esse apre�o todo pela pol�tica, por essa pol�tica do dia a dia. Isso n�o tem grande interesse para mim”, afirmou.
Para ele, foi um “privil�gio imenso” o per�odo que passou no Supremo. “Foi um per�odo em que, n�o em raz�o da minha atua��o individual, mas coletivamente, o Supremo Tribunal Federal teve um papel extraordin�rio no aperfei�oamento da nossa democracia. Isso � que � o fundamental para mim”, destacou.
Ap�s a despedida do presidente, o ministro Marco Aur�lio reconheceu que Barbosa ficar� na hist�ria do Tribunal pela sua atua��o como relator da A��o Penal 470, o processo do mensal�o. Melo disse, por�m, que a gest�o do vice-presidente Ricardo Lewandowski, que assumir� a presid�ncia com a sa�da de Barbosa, dever� retomar o padr�o do STF. “O resgate da liturgia, que precisa ser observada. As institui��es crescem quando proclamamos valores, quando observamos a necessidade de manter o alto n�vel.”
Barbosa tem 59 anos e poderia continuar na Corte at� 2024, quando completar� 70 anos e teria de ser aposentado compulsoriamente. Ele nasceu na cidade mineira de Paracatu e foi o primeiro negro a presidir o STF. Ele ocupa a presid�ncia do Supremo e do Conselho Nacional de Justi�a desde novembro de 2012. O ministro foi indicado � Suprema Corte em 2003, no mandato do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Com Ag�ncia Brasil