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Estado de Minas

Jos� Dirceu come�a a trabalhar ap�s 230 dias preso

Ex-ministro d� expediente em escrit�rio de advocacia e, segundo o empregador, estava 'alegre e bem disposto'. Ele vai cuidar da biblioteca e poder� receber visita de familiares


postado em 04/07/2014 00:12 / atualizado em 04/07/2014 07:24

Mais magro e com o os cabelos mais curtos, ex-ministro deixou o Centro de Progressão Penitenciária às 7h30(foto: Mercelo Ferreira/CB/D.A Press)
Mais magro e com o os cabelos mais curtos, ex-ministro deixou o Centro de Progress�o Penitenci�ria �s 7h30 (foto: Mercelo Ferreira/CB/D.A Press)

Bras�lia – Ap�s 230 dias preso, o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu p�de sair da cadeia para trabalhar. O petista deixou o Centro de Progress�o Penitenci�ria (CPP), no Setor de Ind�stria e Abastecimento (SIA), por volta das 7h30 de ontem e, antes das 8h, j� havia chegado ao Setor Banc�rio Sul para dar expediente no escrit�rio de advocacia de Jos� Gerardo Grossi. A efetiva��o da atividade externa p�e fim a quase oito meses de espera pela concess�o do benef�cio.

Vestindo palet� cinza-escuro, cal�a jeans e camisa azul, sem gravata, Dirceu aparentava estar mais magro do que de costume, al�m de usar o cabelo um pouco mais curto do que quando foi preso, em 15 de novembro do ano passado. O ex-ministro n�o conversou com a imprensa, por precisar de autoriza��o judicial para tal, mas, segundo o novo patr�o, estava “alegre e bem disposto”. “� natural a excita��o de uma pessoa que ficou tanto tempo presa e se v� livre. Voc� j� abriu a porta da gaiola de um passarinho? Quando sai, ele canta”, comparou Jos� Gerardo Grossi.

O expediente de Dirceu ser� das 8h �s 18h, com direito a duas horas de almo�o, durante as quais ele poder� se afastar at� 100 metros do local de trabalho. “Aqui perto h� v�rios restaurantes. No pr�prio pr�dio tem alguns. �s vezes descemos para comer, mas tamb�m � poss�vel pedir comida e almo�ar aqui no escrit�rio mesmo”, disse Grossi.

Dirceu receber� R$ 2,1 mil mensais e ser� respons�vel pela organiza��o da biblioteca do escrit�rio, al�m da condu��o de tarefas administrativas. Os dias trabalhados contar�o para a remiss�o da pena de sete anos e 11 meses de pris�o, imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no mensal�o. Hoje, entretanto, n�o haver� atividades na empresa porque os funcion�rios ser�o liberados para assistir ao jogo Brasil x Col�mbia, v�lido pelas quartas de final da Copa do Mundo.

O traslado entre o CPP e o Setor Banc�rio foi feito em um utilit�rio esportivo preto, de propriedade da empresa de Dirceu, a JD Assessoria e Consultoria. O mensaleiro aproveitou a viagem para fazer uma s�rie de liga��es ao celular. Segundo Grossi, o ex-ministro chegou ao local acompanhado de uma advogada que trabalha com Jos� Luis Oliveira Lima, respons�vel pela defesa do petista no STF, e com um homem de nome Simas, “que trabalha sempre com ele (Dirceu)”.

VISITAS Apesar do aparato da JD Assessoria, Grossi garante que o ex-ministro n�o tocar� qualquer atividade paralela durante a estadia. “Aos poucos, ele vai entrando na rotina normal do escrit�rio”, frisou o advogado, acrescentando que a Vara de Execu��es Penais (VEP) permitiu que apenas familiares visitem Dirceu durante o expediente. A primeira proposta de emprego recebida pelo ex-ministro, no Hotel Saint-Peter, em Bras�lia, surgiu ap�s 10 dias do in�cio da pena, ainda no fim do ano passado. Ele receberia um sal�rio de R$ 20 mil. Diante das repercuss�es negativas, ele desistiu de tentar autoriza��o para trabalhar no setor hoteleiro. Em seguida, veio a proposta de Grossi para Dirceu trabalhar na biblioteca do escrit�rio de advocacia.

OUTROS CONDENADOS
Depois de o ex-ministro deixar o CPP, um pouco mais tarde, outros tr�s condenados no mensal�o deixaram o local para retomar o trabalho. O ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares; o ex-presidente do PR Valdemar Costa Neto e o ex-deputado federal Bispo Rodrigues deixaram a unidade prisional pouco depois das 10h da manh� e seguiram para o trabalho em carros diferentes. Del�bio e Valdemar retornar�o �s mesmas atividades que j� exerciam antes do benef�cio ser cassado pelo ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro dar� expediente na secretaria da CUT, e o segundo em um restaurante.

O C�digo Penal estabelece que o regime semiaberto � destinado a presos n�o reincidentes condenados a mais de quatro anos de pris�o e menos de oito anos.


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