A presidente Dilma Rousseff usou ontem (12) sua conta no Twitter para rebater as cr�ticas da oposi��o e disse que “o governo n�o quer comandar o futebol, pois ele n�o pode, nem deve ser estatal”. Ela reagiu � declara��o do candidato do PSDB, A�cio Neves, que acusou a gest�o petista de querer criar uma “Futebr�s”.
Como tem feito na crise envolvendo neg�cios da Petrobr�s, Dilma lembrou a pol�mica sobre a tentativa de troca do nome da estatal durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“O Brasil n�o quer criar a Futebr�s”, escreveu a presidente, candidata � reelei��o. “Quer, sim, acabar com a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos.”
Segundo Dilma, “os que queriam transformar a Petrobr�s em Petrobrax” desvirtuam agora sua posi��o “de apoiar a renova��o” do futebol.
Ap�s a derrota da sele��o brasileira na semifinal da Copa - ao ser goleada por 7 a 1 para a Alemanha -, a presidente defendeu mudan�as estruturais no futebol nacional e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a falar em “interven��o indireta” na organiza��o das competi��es e na gest�o dos clubes. Anteontem (11), diante da repercuss�o, o ministro voltou ao assunto para afirmar que n�o prop�s uma interfer�ncia na CBF ou “nas entidades administradoras do esporte”.
“O governo n�o quer comandar o futebol, pois ele n�o pode, nem deve ser estatal. Queremos ajudar a moderniz�-lo. Contem conosco para isso”, refor�ou Dilma na rede social. Na opini�o da presidente, “o futebol, que � atividade privada, precisa ter as melhores pr�ticas da gest�o privada nas �reas comercial, financeira e futebol�stica”.
Em outra postagem em seu microblog, Dilma destacou: “Somos uma das maiores economias do mundo e podemos ser uma das maiores bilheterias do futebol”. Segundo a presidente, o Brasil, al�m do amor pelo futebol, tem agora “os melhores est�dios”. Para ela, “com renova��o, teremos sempre o melhor futebol do mundo”. Outra proposta pol�mica do governo � criar mecanismos para impedir a sa�da de jogadores do Pa�s com menos de 19 anos. A restri��o exigiria mudan�a na Constitui��o.
Na opini�o da presidente, “as oportunidades devem ir das divis�es de base ao n�vel profissional. S� assim garantiremos que jogadores de excel�ncia fiquem no Brasil”. “Devemos ampliar oportunidades para nossos craques jogarem no Brasil, dando a eles as mesmas condi��es do mercado internacional.”
O governo quer aproveitar a proposta de renegocia��o das d�vidas dos clubes que tramita no Congresso, tamb�m conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, para negociar contrapartidas. Entre as exig�ncia aos clubes dever�o ser inclu�das maior transpar�ncia em suas contas, publica��o de balan�os peri�dicos e puni��o � associa��o com rebaixamento autom�tico do time que atrasar pagamento de sal�rio dos jogadores.
Para discutir estas propostas, a presidente Dilma Rousseff vai receber, na sexta-feira, pela segunda vez em menos de dois meses, representantes do Bom Senso Futebol Clube, movimento que re�ne jogadores que reivindicam melhores condi��es de trabalho para os atletas.
Sele��o
Apesar da derrota por 3 a 0 diante da Holanda, na disputa pelo 3º lugar da Copa ontem (12), o Pal�cio do Planalto parabenizou a sele��o brasileira por meio do Facebook. “Valeu, Sele��o! Estar entre as melhores n�o � para qualquer uma. Parab�ns!”, diz o texto da Presid�ncia da Rep�blica.
Dilma, que poucos minutos antes de a partida come�ar manifestou no Twitter f� na sele��o, n�o havia se pronunciado sobre o resultado do jogo at� a conclus�o desta edi��o.